A experiência ganhou espaço fundamental na comunicação, e o live marketing aproveita essa onda para crescer. De acordo com a Ampro (Associação de Marketing Promocional), o setor movimenta R$ 44 bilhões por ano no Brasil. “O live marketing tem conquistado um espaço que antes não tinha, mas isso não faz a publicidade desnecessária. Os dois somados são muito fortes”, explica Maurício Marques, diretor-geral da Samba Marketing ao Vivo.

A agência, que pertence à Holding Clube, teve crescimento de 10% no fim do ano passado em comparação ao ano anterior, e a projeção é de que, em 2018, o aumento da receita seja de 15%. Segundo Marques, o sucesso está ligado ao posicionamento da agência. 

“Estamos trabalhando em um formato de núcleo, como se fossem miniagências inteiras dentro da própria agência. Isso gera mais proximidade e conhecimento dos clientes”, fala o diretor-geral da Samba. 

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O executivo afirma que, após um período em que as agências começaram o movimento de comunicação 360°, o mercado percebeu que o importante é oferecer soluções. “Quem trouxer a melhor ideia leva a verba. O sonho de consumo do cliente é que as agências se juntem e criem a comunicação do começo ao fim. A gente tem de fazer bem aquilo que a gente é muito bom em fazer”, defende.

Hoje o consumidor precisa mais do que conhecer os produtos. “Tudo passa pela experiência. O público está mais crítico e exigente. Não se consegue simplesmente com publicidade convencer o cliente”, diz. 

Mais do que um evento que apresente os produtos aos consumidores, o marketing promocional tem o objetivo de envolver as pessoas com as marcas. “Convenções, lançamentos, promoções, eventos que existiam até então são trocados por acontecimentos com interação da marca com o público, mas sem o consumidor perceber a marca. Se a comunicação é forçada ou não é de verdade, já perdeu”, afirma Marques. 

Além da experiência positiva e natural, para garantir a eficácia é importante que os eventos tenham potencial para ser compartilhados no digital. “O live marketing precisa de projetos com grande amplificação de público, que sejam pertinentes e gerem experiências que façam sentido para as marcas”, diz Marques. 

Um dos cases que a Samba se orgulha de assinar é o Brasil Fashion, para o Senai. O objetivo do evento é divulgar a educação profissional. O projeto envolve a escolha de alunos dos cursos de moda, design e vestuário do Senai para passar por um processo de coaching com os estilistas Alexandre Herchcovitch, Lenny Niemeyer, Lino Villaventura e Ronaldo Fraga, e desenvolver uma minicoleção, apresentada, em 2017, em um desfile no Museu do Amanhã, no Rio. “Estamos muito convencidos de que não existe mais evento para 500 pessoas. Precisa ser amplificado e ter pertinência para o público”, afirma Marques. “Estamos focados nesse tipo de projeto, com começo, meio e fim, que podemos amplificar nos canais digitais”, afirma.

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