Madia: 2014 está perdido, 2015 teremos, vença quem vencer, um crescimento baixo e de inflação elevadaNo dia 27 de outubro de 2002, e depois de três tentativas, Lula e o PT chegaram ao poder. E, desde então, fazem de tudo principalmente na prática de ilícitos e “malfeitos”, como gosta de dizer Dilma, para preservarem a boquinha. E darem sequência ao plano ideológico reacionário de bolivarianizarem o Brasil.

Em sua primeira manifestação, naquele dia de 2002, Lula disse: “A esperança venceu o medo”. Quase 12 anos depois o que se constata, a partir do balanço de 12 anos de PT no comando, é exatamente o contrário, que “o medo venceu a esperança”. O medo de que, em continuando, o PT afunde o Brasil de vez.

Em sua série “Diálogos”, o Estadão colocou lado a lado dois dos mais importantes economistas do país, Delfim Netto e José Roberto Mendonça de Barros. Ao final do diálogo dos dois ilustres brasileiros, o que se constata é que independente dos números não serem desesperadores – mas, se não fizermos nada em muito pouco tempo, todas as conquistas terão vazado pelo ralo – é que as pessoas estão com medo – da continuidade de Dilma e do PT – sentem-se inseguras, e perderam a esperança.

E por terem medo e não terem esperança decidiram dar um breque em tudo, parando inclusive de consumir o básico. Se num voo todos os passageiros de um avião lotado decidirem migrar para um dos lados para apreciarem determinada paisagem, o comandante terá imensa dificuldade em recuperar a estabilidade e imediatamente dará uma ordem de comando, “por favor, todos voltem imediatamente para seus lugares”.

Em se tratando de um país, em se tratando de economia, esse tipo de comportamento não é possível. Para que a esperança e a estabilidade se recuperem é essencial desaparecer o componente do medo. Segundo Delfim, “você foi tirando das pessoas a convicção de que haveria crescimento. Numa larga escala o crescimento é um estado de espírito. Só cresce quem acredita que vai crescer… Se o trabalhador duvida que o emprego vai continuar, paga as dívidas e não consome… O empresário é igual. Está com estoques maiores do que gostaria. A taxa de juros está subindo. A política cambial é errática. O que ele faz? Vai para a defensiva. Não investe. Você destruiu a crença de que era possível crescer. Essa crença foi sendo destruída lentamente e confirmada pela redução do crescimento, como se fosse uma profecia que se autorrealiza…”.

2014 está perdido, 2015 teremos, vença quem vencer, um crescimento baixo e de inflação elevada. A única maneira de, independente dessa perspectiva negativa de curto prazo, voltarmos a sorrir, acreditar, investir, correr atrás, recuperar a alegria e a crença no país, é fazendo no início do próximo mês, a necessária, aguardada e inadiável transição no poder.

Precisamos acordar, como nos ensinou Aristóteles, e recuperar nossas esperanças; todas!

*Entre em contato com o autor no email famadia@mmmkt.com.br