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Não é preciso ser um especialista em economia para saber que o Brasil enfrenta uma grave crise. O ano de 2015 foi muito ruim para as empresas, com uma retração de 3,8% do PIB, segundo o IBGE. Em 2016, a previsão segue pessimista, com nova queda na soma das riquezas do país, de acordo com o Banco Central. Mesmo assim, os negócios não param e as empresas precisam se desdobrar para enfrentar este momento turbulento. Assim, não resta alternativa a não ser promover mudanças na organização.

A lógica é simples, mas funcional: para obter um desempenho diferente, é preciso inovar – afinal, a manutenção da atual estrutura continuará levando aos mesmos resultados. Com uma mudança bem planejada, a companhia consegue traçar novos caminhos, encontra ideias e recupera, até mesmo, a eficiência e competitividade. O segredo é tentar fazer mais, com menos. Para isso, é preciso sair da estagnação e utilizar a criatividade.

Para ser efetiva, a mudança deve envolver as pessoas e tecnologia. Atualmente, é difícil idealizar um produto ou serviço realmente inovador, capaz de tirar a empresa de uma situação ruim. Por mais que os recursos tecnológicos sejam cada vez mais importantes para a operação de um negócio, é por meio dos colaboradores e da própria cultura organizacional que aparecem ideias. As empresas são feitas de gente e voltadas para o público. As mudanças devem começar e terminar com pessoas.

Se a crise realmente traz oportunidades, vivemos o melhor período para promover essas alterações. Quando tudo está dando certo, faltam argumentos para convencer diretores e executivos de que é necessário continuar inovando. Momentos de instabilidade fazem com que mentes inquietas se debrucem sobre a própria situação e, acabam deixando de criar bons negócios mesmo em cenários adversos. Ou seja, é preciso estar à frente até quando tudo está desfavorável.

Depois da tempestade nem sempre vem a bonança – e torna-se necessário estar preparado para recuperar o crescimento quando tudo se acalmar. Isso só acontece com decisões tomadas durante a crise. Os passos que damos hoje não só garantirão a sobrevivência em curto prazo, como também serão responsáveis pela nossa situação no futuro. Assim, ao invés de ficar na mesmice, é preciso correr atrás da inovação e do diferente. E a hora é agora.

*Victor Popper é CEO da All iN Marketing Cloud, vertical de marketing de relacionamento digital da Locaweb