Cooperação, cocriação, corresponsabilidade, compartilhamento… Mais do que nunca, estamos na era do Co. Antes do advento da internet, costumava-se dizer que quem detinha a informação, tinha o poder.

E era verdade: ter a informação certa – e saber o que fazer com ela – foi, e sempre será, um asset da maior importância. A diferença é que o “fazer junto” ganhou importância ainda maior. Guardar informação como algo precioso, só meu, é anacrônico e pouco eficaz num mundo onde colaboração virou palavra-chave.

Quanto mais gente estiver incluída no processo, melhor a solução. Desde muito cedo, tive a sorte de poder atuar de forma coletiva e, em paralelo à minha atividade profissional, sempre me envolvendo em atividades comunitárias e associativas, procurando participar de grupos organizados para obtenção de melhorias desejadas por todos.

Logo no meu primeiro emprego (Honda), participei da associação de funcionários da minha empresa (Honda), sendo seu presidente. De lá para cá, liderei comitê na ABA, fiz parte de conselhos de empresas e instituições, fui presidente de associação (MPI) e presidente de comitê no WTC Business Club, entre outras tantas participações voluntárias…

De uns tempos para cá, a atuação em associações se tornou a minha principal atividade profissional: fui diretor da Amcham, VP do WTC Business Club, diretor da Fenapro e, agora, acabo de assumir a presidência executiva da Ampro. Perdoe-me por esse longo relato das minhas atividades (não estou redigindo currículo não… rsrsrs).

Julgo importante deixar claro meu envolvimento com organizações de representação para poder construir o raciocínio para este artigo. E a questão central é: por que ainda existe resistência de profissionais e empresas em aderir e/ou valorizar instituições de representação da sua categoria, setor ou mesmo de interesses comuns?

Quem está à frente dessas organizações tem sempre uma grande batalha pela frente para convencer profissionais e empresas a participar ou em contribuir para a sustentabilidade da sua atuação. Para alguns, é questão de querer benefícios tangíveis para justificar o investimento ou dedicação. É compreensível.

Tive a sorte de vivenciar, logo no momento da minha entrada na Ampro, a conclusão de um longo e custoso trabalho coletivo com um final feliz: a possibilidade de se eliminar a bitributação de ISS incidente em serviços de marketing promocional/live marketing na cidade de São Paulo.

Trata-se de um esforço coletivo, que demandou uma extenuante atuação e também muito recurso financeiro. Os associados comemoram ao verem tangibilizada a sua colaboração e participação. Agora todos poderão usufruir do benefício alcançado, que não seria obtido se não fosse colaborativo. Mas a questão é: só é válida a participação quando há a expectativa de se obter algo concreto, da natureza dessa conquista?

A simples participação coletiva para buscar mais conhecimento e discussão colaborativa para melhoria de todo um setor não deveria ser motivo suficiente para aderir/contribuir? Há ainda a representação de interesses de um grupo, algo que só se faz com recursos e participação de todos.

Imagino que você, que lê este artigo, concorde com a afirmação do primeiro parágrafo deste texto: estamos na era Co! Mas qual é a sua atitude perante essa verdade? Como você (na condição de profissional) ou sua empresa colaboram para o fortalecimento das ações coletivas, colaborativas.

Você faz parte de uma associação? Você – ou sua empresa – contribui para a sustentabilidade desses organismos de representação? Está claro para você que essa atitude Co é de todos e não só de um grupo de abnegados? Desculpe, não consigo deixar de usar uma frase feita e repisada: juntos, somos mais fortes! Acredite de verdade no poder do Co. Olhe para os lados e veja como você poderá atuar pelo bem da sua atividade ou setor! #tamojunto.

Alexis Thuller Pagliarini é presidente-executivo da Ampro (Associação de Marketing Promocional) (alexis@ampro.com.br)