O modo de produzir conteúdo publicitário tem tido grande alteração nos últimos anos. Seja pela chegada das mídias sociais ou pelo avanço de tecnologias disruptivas como Inteligência Artificial, Analytics ou Big Data, por exemplo. A verdade é que campanhas de marketing e publicidade orientadas por dados (DDMA – Data-Driven Marketing and Advertising, em inglês) têm sido o grande foco das agências a nível global nos últimos anos.
No Brasil, essa afirmação foi comprovada por um estudo realizado pela GDMA e Winterberry Group, em parceria com a MediaMath, no qual destacou que, nos últimos anos, os profissionais de marketing do país se basearam expressivamente em dados para aprimorar a performance de suas campanhas.
Além disso, propagandas digitais estão ganhando cada vez mais espaço dentro da publicidade. De acordo com relatório do IAB, Interactive Advertising Bureau, durante o período de 2018, foram investidos cerca de US$ 49,5 bilhões em conteúdo publicitário para a internet, o que representa 23% de todo o investimento.
A influência dos dados na publicidade
Entender as necessidades dos nossos clientes nunca foi tão importante. Afinal, diante da era dos dados, em que esses mesmos consumidores estão conectados full time, trocando informações entre si diariamente, é importante oferecer um serviço e/ou produto que atinja suas expectativas. Nesse contexto, por que não utilizar os dados a nosso favor?
Nas agências de publicidade, muito se questiona sobre unir ideias e números, a criatividade e os dados. Mas uma coisa é certa, o estudo do público-alvo, por exemplo, sempre foi imprescindível para entender melhor cada perfil.
Nesse sentido, usar ferramentas, como o Analytics ou Big Data, pode ser uma estratégia assertiva na hora do mapeamento. Aliás, essa prática só evidencia que marketing dirigido por dados pode, sim, funcionar, proporcionando grandes resultados não apenas para nossas agências, mas para as empresas e seus consumidores.
De acordo com uma pesquisa realizada pela McKinsey, na qual avaliou 200 CMOs (Chief Marketing Officers), distinguindo profissionais que implementam o marketing dirigido por dados dos demais, foi constatado que, esse primeiro grupo cresceu ao menos 10% ao ano, contra 5% das demais organizações.
Para tanto, é essencial que o futuro das agências esteja voltado a essa junção da análise de dados e da geração de conteúdo criativo. De modo que criar laços emocionais com seu público-alvo esteja ligado não apenas a boas ideias, mas também a estudos cada vez mais apurados com base em dados, garantindo melhores resultados.
O futuro nos bate à porta. Sua agência está preparada?
Junior Andrade é especialista em estratégias de inovação e novos mercados, e Gerente de Negócios Digitais na ÍONZ, agência digital referência na geração de valor aos negócios