Em diversos segmentos da economia brasileira vemos a influência de alguns fatores que são muito utilizados pelas empresas norte-americanas, como por exemplo, estratégias de vendas, ferramentas de marketing e processos internos que são essenciais para o sucesso dos negócios do país. E, isso se aplica também ao mercado de lojas virtuais que está em constante aprendizado.
O e-commerce americano ocupa um dos primeiros lugares no ranking mundial, com grandes destaques como Amazon e ebay, e isso prova a força que esse mercado possui. No ano de 2015, as lojas virtuais nos Estados Unidos faturaram mais de US$ 305 bilhões, já o Brasil registrou no mesmo ano um faturamento de R$ 41,3 bilhões, crescimento de 15,3% em comparação ao ano anterior.
Com esses números, podemos perceber que os Estados Unidos são uma grande potência ao compararmos com o Brasil. Para que possamos nos igualar a esse mercado, estão sendo implantadas no e-commerce brasileiro muitas dessas tecnologias e processos, para crescermos de forma acelerada e consistente.
Uma das lições é a questão dos meios de pagamentos. O e-commerce brasileiro percebeu a importância de disponibilizar uma gama de opções para efetuar o pagamento nas lojas virtuais. Por mais que o uso do cartão de crédito seja mais frequente, é importante oferecer ao seu cliente mais de uma opção, como o boleto bancário, por exemplo.
Outro fator determinante e fundamental para o sucesso de qualquer e-commerce, é garantir que o cliente tenha a melhor experiência de compra naquela loja, para que no futuro ele possa retornar e se tornar fiel àquela marca. Mas isso se dá principalmente no momento da conclusão do pedido, quanto mais rápido for esse processo, maior será a chance de identificação com a marca ou loja. Isso parece ser óbvio, mas muitos lugares não trabalhavam essa questão como sendo prioridade.
Outro ponto que ainda está em processo de implantação, mas que muitos varejistas já identificam como sendo importante, é o conceito de Omni-Channel, ou seja, as marcas precisam estar presentes em todos os canais de venda, seja loja física ou na internet, por meio das redes sociais, como Facebook, Instagram e até mesmo Snapchat ou no e-commerce propriamente dito. O varejo precisa se comunicar de forma rápida com seus clientes, e “passar na frente” de seus concorrentes.
Oferecer aos consumidores outros canais de compra também foi uma das lições que o e-commerce nacional aprendeu com o exterior. Atualmente, a consulta de preços ou a finalização dos pedidos não são feitos apenas por computadores desktops ou notebooks. Seguindo o avanço da tecnologia, o uso de aplicativos mobile de lojas também cresceu significantemente, e correspondeu a 10,1% das transações no ano passado.
Com todos esses conceitos sendo implantados no e-commerce brasileiro, podemos identificar nos próximos anos um crescimento significativo no faturamento e um aumento na taxa de conversão das vendas. Diante desse cenário, podemos ser otimistas e pensarmos que o e-commerce brasileiro tem um enorme potencial para se igualar ao norte americano, e representar uma parte significativa da economia do país.
Alfredo Soares é sócio e fundador da Xtech Commerce