(Créditos: Linus Schütz por Pixabay)

A Black Friday é uma das datas mais aguardadas no varejo brasileiro. Se em 2019 já foi digital, em 2020 será muito mais.

Desde março, data em que a pandemia do coronavírus de fato tornou-se uma realidade para a maioria dos brasileiros, vivenciamos mudanças significativas no comportamento de consumo da população.

Já no início da pandemia tivemos um crescimento nas vendas de uma infinidade de produtos por meio das redes sociais, desde cadeiras para home office até fritadeiras air fryer, que resultam em dados como os de que 86% dos brasileiros conectados à internet realizaram compras durante a pandemia. E esse número ainda tende a subir.

Em 2020, a participação do e-commerce na Black Friday será ainda mais expressiva. De acordo com estudo feito pela área de Inteligência de Mercado da Rede Globo, 42% dos brasileiros vão comprar na Black Friday em 2020.

As pessoas estão realizando tanto as suas atividades pela internet que até mesmo a quantidade de golpes on-line cresceu: apenas entre março e abril, os ataques virtuais em território nacional saltaram de 14 mil para 105 mil, crescimento de 86,6%.

Esse impulsionamento do consumo nas redes sociais pode ser notado em todas as áreas e setores, indicação direta sobre as melhores formas de investir e de onde as empresas devem estar para aumentar o seu tráfego de rede e, consequentemente, de vendas.

A partir de uma amostra com 719 internautas brasileiros acima dos 18 anos de idade com intenção de compra, dados apontam que as categorias mais desejadas no contexto de pandemia são: Roupas e Acessórios (31%); Smartphones (30%); Eletrônicos (30%); Calçados (26%); e Eletrodomésticos (23%).

Agora é o momento em que as pessoas precisam se preparar para um evento que já faz parte do calendário comercial nacional, mas que também irá precisar passar por adaptações.

A Black Friday, que há alguns anos, em solo nacional, era mais conhecida por promoções em lojas virtuais do que físicas, viu uma mudança no mercado, em que lojas físicas e virtuais começaram a disputar atenção. E como isso fica diante do atual quadro?

Voltamos à origem, hora de comprar pelo digital, todo mundo #emcasa, mas sem perder as oportunidades e descontos.

Nesse cenário, mais uma vez se destaca o papel dos influenciadores digitais, que podem direcionar seus seguidores para páginas específicas, impulsionar tráfego, indicar descontos e funcionar como uma bússola para seguidores e como indicadores para as empresas.

De forma bem simples e atual, temos uma oportunidade inovadora e de alto impacto nas redes sociais para a produção de conteúdos alinhados com seus objetivos.

68% dos usuários afirmam que o Twitter pode ser útil para as compras e 55% dizem que o Instagram influencia na decisão. Ou seja: poder de compra + influência na decisão = perfect match para a Black Friday.

E por que não gerar um squad de criadores de conteúdo focados em construir histórias e divulgar promoções para as audiências?

Na Black Friday há espaço para todo e qualquer setor faturar.

Sua marca já marcou presença na BF? E o que ela pode fazer diferente nesse ano para bater recorde de vendas online na data, além de impulsionar a venda de produtos?

O desafio das marcas será criar comunidades e narrativas para fidelizar os seguidores para além de Black Friday.

Flávio Santos é CEO da MField