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A Mintel, companhia de pesquisas de mercado sediada em Londres, mas com atuação em diversos países do mundo, divulgou os resultados de seu estudo “Estilo de Vida dos Millennials”, cujo o objetivo foi traçar um perfil de comportamento do millennial brasileiro, incluindo a sua relação com as marcas. O levantamento conta com a percepção de mais de 1500 usuários de internet que moram no país e têm 16 anos ou mais. A pesquisa foi realizada em março de 2018 e abrangeu as cinco regiões do Brasil. Além disso, a classificação dos grupos socioeconômicos segue o Critério Brasil, estabelecido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Confira alguns dos principais insights do estudo:
Streaming é vida
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De acordo com a pesquisa, 53% dos millennials citaram serviços de compartilhamento de vídeos (ex. YouTube) como sendo um dos cinco serviços on-line que consideram indispensáveis; 35% citaram serviços de vídeo por assinatura (ex. Netflix, HBO Go) e 19% citaram serviços de música por assinatura (ex. Spotify). “As operadoras de celular brasileira, como a TIM e a Vivo, por exemplo, adaptaram-se a essa demanda e estão oferecendo planos e promoções específicas para atender melhor às necessidades dos consumidores que utilizam mais a internet para acessar serviços de streaming”, afirma da Ana Paula Gilsogamo, especialista em pesquisa de mercado, da Mintel.
Posso te pagar com Spotify?
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Outra possibilidade, para marcas em geral, pode ser presentear seus clientes com assinaturas pagas dos serviços de streaming de música ou descontos nesses serviços. A bonificação desses serviços como benefício de cartões e outros serviços por aplicativo também pode ser atraente para os millennials. “Por exemplo, o programa de fidelidade do Nubank, o Rewards, oferece como opção de benefício o pagamento do Spotify com pontos do programa”, lembra Ana.
Vamos falar no WhatsApp?
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De acordo com a pesquisa, 34% dos entrevistados pertencentes à geração millennial afirmaram preferir entrar em contato com empresas e marcas on-line a ir à loja ou telefonar. A maioria deles citou redes sociais (ex. Facebook, Instagram) e serviços/aplicativos de mensagens (ex. WhatsApp) como um dos cinco serviços on-line que consideram indispensáveis, com 71% e 70%, respectivamente. “Seguindo essa preferência, diversas marcas têm permitido que seus clientes entrem em contato através dessas plataformas virtuais para tirar dúvidas, fazer reclamações e também realizar compras e fazer pedidos”, explica Ana.
Eu te dou uma mãozinha
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De acordo com a pesquisa, a geração millennial se sente significativamente menos confiante em realizar tarefas cotidianas em casa como, por exemplo, preparar refeições do zero e fazer manutenções domésticas por conta própria. “Diante disso, produzir conteúdo e realizar ativações que busquem ensinar a realização desses tipos de tarefas pode interessar esse público. Algumas marcas, especialmente as relacionadas com decoração e alimentação, já vêm produzindo esse tipo de conteúdo”, acredita a especialista em pesquisa de Mercado.
Beleza e saúde não se põem no bolso
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De acordo com os dados da pesquisa, não existe diferença significativa entre os millennials das classes AB e DE quanto à interação pela internet com marcas do universo fitness, citado por 28% e 19% respectivamente. “Esse dado é bastante interessante pois, em geral, marcas mais saudáveis e do universo fitness, como alimentos e bebidas, por exemplo, costumam ser mais caras e, por consequência, mais acessíveis às classes mais altas.
Mesmo interação, menor desembolso
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Apesar de as classes mais baixas interagirem com marcas de categorias saudáveis e fitness tanto quanto as classes mais altas, elas gastam muito menos com atividades esportivas. O estudo pontou que 36% dos entrevistados das classes DE mencionaram ter tido algum tipo de gasto com “Exercício/atividades esportivas (ex. mensalidade da academia)” em comparação a 47% das classes C1/C2 e 74% das classes AB.