Na mesma medida em que foi um gênio musical, com uma voz única e potente, enorme carisma e presença inigualável em qualquer espaço, o cantor Tim Maia também levava uma vida social conturbada e tinha atitudes imprevisíveis, como faltar ou sair no meio de seus shows. Por essas e outras, apesar de ser um dos maiores artistas de sua geração, não era exatamente uma figurinha fácil na propaganda, com raras aparições e algumas curiosidades.
Após sua morte, em 1998, sua imagem voltou a ser propalada com força no cenário midiático a partir de sua cineobiografia. Já como iniciativa de marca, apenas há algumas semanas a marca Polenguinho parodiou um sucesso de sua fase racional para criar a campanha “Lanchinho do Bem”.
Mas esta não é a única incursão de Tim na publicidade. Curiosamente a canção “Chocolate”, eternizada na memória de milhões de brasileiros, foi criada para promover a Associação Brasileira dos Produtores de Cacau. Algo parecido acontece com a música “Leva”. Quem a ouve sem conhecer a história, acredita que a letra é dedicada para alguma mulher, quando na verdade foi escrita pelo compositor e produtor musical Michael Sullivan como tema de fim de ano da rádio Band FM.
Outra passagem inusitada de Tim Maia com a propaganda é um anúncio de TV, para a Lubrax. No filme, o artista é um “frentista” que canta para um casal uma adaptação de sua clássica “Azul da Cor do Mar” no posto de gasolina.
Outra marca que se relacionou com o cantor é a Nivea, que em 2015 desenvolveu um projeto para a criação de uma escultura de Tim Maia, na Tijuca, no Rio de Janeiro, bairro onde o artista nasceu e foi criado. A ação contou com parceria da Isobar e teve desdobramentos, incluindo o Nivea Viva, plataforma musical da empresa que homenageou Tim em shows com reinterpretações de suas canções na voz e a presença de Ivete Sangalo e Criolo.
Por fim, cabe aqui relembrar outra propaganda histórica que utilizou a música de Tim maia como trilha: um comercial de Rider. Veiculado na televisão brasileira em 1993, o filme tem em sua levada o som de “Como Uma Onda no Mar”.
