Em ação criada para a ONG Grupo de Incentivo à Vida (GIV), a agência Ogilvy Brasil criou a campanha “O Cartaz HIV Positivo”, que foi espalhado pela mídia impressa e mobiliário urbano da cidade de São Paulo. Todas as peças utilizadas levam o sangue de pessoas portadoras de Aids.

O objetivo principal é alertar sobre a importância de combater a discriminação contra portadores de HIV. A mensagem é reforçada pela assinatura “se o preconceito é uma doença, a informação é a cura”.

A campanha conta ainda com cenas, registradas em um minidocumentário, que mostram o processo de doação de sangue dos voluntários desde a confecção dos cartazes até as peças chegarem às ruas e gerarem reações nas pessoas. Ao todo, nove voluntários forneceram amostras de sangue para a criação das peças, que foram colocadas em pontos de ônibus, faculdades e bares da cidade de São Paulo. Os cartazes e o anúncio não oferecem nenhum risco ao público – fora do corpo humano, o vírus da Aids não sobrevive por mais de uma hora.

Além disso, foi elaborada uma ação especial com o jornal Metro, que circula na capital paulista, e na edição do dia 29 de abril veio com uma sobrecapa com o texto do cartaz e sangue de portadores do vírus HIV.

Segundo o vice-presidente de criação da Ogilvy Brasil, Aricio Fortes, a ideia é promover humanização e eliminar pré-julgamentos equivocados sobre o tema. “O cartaz humaniza o problema e traz as pessoas para o próximo, mostrando que é possível viver numa sociedade sem preconceito. Prova disso são as reações emocionadas que estamos tendo de quem passa pelas ruas e vê esse material”, diz o publicitário.

Texto do cartaz

“Eu sou um cartaz HIV positivo

Minhas medidas são 40 x 60 centímetros.

Fui impresso em papel Alta Alvura e minha gramatura é 250.

Eu sou exatamente como qualquer outro cartaz.

Com um detalhe: sou HIV positivo.

É isso mesmo que você leu. Sou portador do vírus.

Carrego em mim uma gota de sangue HIV positivo. De verdade.

Neste momento, você pode estar dando um passo

para trás se perguntando se eu ofereço algum perigo.

Minha resposta é: nem de longe.

O HIV não sobrevive fora do corpo humano por mais de uma hora.

Por isso, o sangue neste cartaz não traz nenhum perigo.

Assim como conviver com um soropositivo.

Você contrai o HIV se tiver relações sexuais sem preservativos

com alguém que não está em tratamento efetivo,

se partilhar de agulhas e seringas com sangue contaminado.

Sim, você pode conviver comigo

e com qualquer pessoa soropositiva numa boa.

Nós podemos exercer nossa função na sociedade perfeitamente.

E arrisco dizer que, se eu não tivesse revelado

que tenho HIV, talvez você nem tivesse notado.

Porque ser soropositivo não determina quem você é.

Seja para um cartaz ou para um ser humano.

Se o preconceito é uma doença, a informação é a cura”.

Assista ao minidocumentário da campanha, produzido pela BossaNovaFilms:

Ficha Técnica

Agência: Ogilvy Brazil

Título: O Cartaz HIV Positivo

Duração: 3:38′

Produto: Institucional

Cliente: Grupo de Incentivo à Vida (GIV)

CEO Ogilvy & Mather: Fernando Musa

VP nacional de criação: Aricio Fortes

Diretor de criação executivo: Paulo Coelho

Diretor de arte: Bruno Mazzotti e Rafa Oliveira

Redator: Vinicius Fernandes e Patrick Matzenbacher

Diretor de RTV: Rafael Rosi

Produtora RTV: Sonia Cremerius

Montador: German Espiaut e Deydson Rocha

Mídia: Daniella Gallo, Betânia Aragão e Henrique Camargo

Atendimento: Daniela Glicenstajn, Roberta Acerbi

Aprovação do cliente: Cláudio Pereira, Jorge A. Beloqui, Victor Hugo Batista da Silva, Silvia Aparecida Domingues de Almeida, Teresinha de Jesus Cardoso Martins, Brunna Valin, Jeferson Guimarães Martins, Micaela Carolina Cyrino e Oséias Cerqueira dos Santos.

Produção filme

Produtora: BossaNovaFilms

Diretor: Livia Gama

Atendimento: Paula Alves

Produtor executivo: Edu Tibiriçá

Diretor de fotografia: Marcelo Rocha

Diretor de arte: Joaquin Corsiglia

Montador: Eduardo Gripa

Finalização: BossaNovaFilms / Rosa Félix

Produtora de som: Lucha Libre

Produtor/Maestro: Paulo Corcione

Executivo/Atendimento: Igor Ferreira e Daniela Celer