O episódio da série “Perspectivas – uma visão setorizada da inovação”, nesta quarta-feira (09), tratou sobre o setor de telecomunicações.

Ana Paula Castello Branco, diretora de advertising & brand management da Tim, e Livia Marquez, diretora de comunicação e mídia da Oi, conversaram com mediação de Edmar Bulla, do Grupo Croma.

O bate-papo é organizado pela ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e pelo Grupo Croma. Sandra Martinelli, presidente executiva da ABA, reforça que o setor de telecomunicações “lidou com importantes desafios em função da mudança de perfil e novos hábitos dos consumidores por conta do crescimento do home office, uso de streamings como forma de entretenimento e da educação a distância”.

OLHAR SOBRE 2021
Ana Paula Castello Branco, diretora de advertising & brand management da Tim: “Meu olhar é muito otimista nesse momento, porque temos uma vacina chegando brevemente. O setor teve mudanças drásticas. O nosso ritmo é frenético e não temos como parar. Aprendemos e amadurecemos muito. Fizemos coisas que jamais imaginei remotamente, de reuniões a comerciais, e passamos uma crise. Quando eu olho para 2021, penso que se passamos por esse ano, será positivo. Acho que vamos voltar a trabalhar pessoalmente, mas não como era com horário fixo. Acredito que as pessoas terão mais liberdade e flexibilidade, porque vimos que dá certo trabalhar remotamente. Do ponto de vista de negócios tem muita coisa boa vindo aí em função das novidades de rede e velocidade da conexão. O business vai melhorar, a conectividade vai evoluir e a gente vai ter uma qualidade de vida melhor.”

Livia Marquez, diretora de comunicação e mídia da Oi: “A pandemia nos trouxe a possibilidade de ressignificar algumas coisas, parar e refletir se estávamos no caminho certo em diferentes áreas. Chega a ser lúdico, porque me dá a sensação de que estamos aptos a criar novos futuros para as pessoas, que temos a responsabilidade como setor de sermos protagonistas das conexões humanas. Achei que a pandemia duraria menos, passei por uma transição de empresas durante a pandemia. Já estava acostumada a conhecer as pessoas da cintura pra cima. Enxergo um modelo mais híbrido e mais possibilidades, mas ainda tem medo e dor no processo. Meu olhar é positivo, mas com resiliência.”

BAGAGEM
Livia: “Eu deixaria para trás o olhar a curto prazo. Nosso setor é a longo prazo. E eu levaria é a questão da empatia: essa memória de ter as pessoas no centro de tudo, dentro e fora da empresa.”

Ana Paula: “O que eu deixaria para trás a ansiedade do setor e que a gente tem dentro. Tenho tentado acalmar as emoções e pensar nas possibilidades. O fato de trabalhar em casa ajudou muito nisso. E o que eu levaria para frente, falando mais como pessoa do que como setor, é a questão de ter um respiro, tempo para reflexão.”

RELAÇÕES NA REDE
Ana Paula: “A questão de parceria foi testada em tantos momentos no sentido de se colocar no sapatos do cliente, daquela situação. A parceria só funcionou quando foi assim e, daqui pra frente, deve ser só assim também. As relações que sobreviveram bem durante a pandemia foi as que tentaram entender e resolver nossos problemas, que sentaram junto para isso.”

Livia: “Existe uma troca de conhecimentos. Parceiros que chegam só para vender algo não têm muito entrada, estamos falando em trocas de conhecimentos, de parceria. É calçar os sapatos do outro e como ajuda na gestão, tendo também uma visão de holística e entendendo qual seu papel na cadeia toda.”

Acompanhe a íntegra da live no canal do Grupo Croma no YouTube.