Fotos: Rafael Calsinski de Assis/Divulgação

No concorrido mercado esportivo em que marcas internacionais parecem dominar os investimentos de marketing e a preferência dos consumidores, é justamente uma marca brasileira que lidera o ranking de vendas de calçados esportivos no cenário nacional.

A Olympikus comercializa no país 15 milhões de pares por ano, mas o desempenho nas vendas não tem sido seu principal foco de negócios. De olho em novas conexões, a empresa quer se percebida e considerada pela qualidade e design de seus produtos, desmistificando a ideia de que tênis nacionais não têm o mesmo patamar que as tracionais Nike e Adidas, por exemplo.

Sua estratégia? Evidenciar o que há de melhor no Brasil e se associar a esses territórios por meio de um circuito proprietário de corridas. Só que no lugar de adotar o naming right de alguma prova nas grandes capitais, a Olympikus trocou o asfalto pela terra para evidenciar alguns dos principais destinos turísticos do país. 

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No último dia 7, a marca deu início ao circuito #BotaPraCorrer com uma prova no Parque Nacional do Jalapão (TO), com a participação de 200 inscritos. Para Márcio Callage, diretor de marketing do grupo Vulcabras Azaleia, detentor da Olympikus, nas últimas décadas, o patrocínio à Confederação Brasileira de Vôlei e do próprio Comitê Olímpico Brasileiro contribuiu para a construção de uma imagem esportiva da marca. Mas o momento agora é de usar a corrida como porta de entrada para conversas mais próximas e genuínas.

“O #BotaPraCorrer é um ecossistema de experiências e de relacionamento que busca a construção de comunidades. Hoje, todo mundo é uma antena que recebe e envia informação. A gente quer estar envolvido com essa rede e para isso precisa trazer conteúdo, produzir experiências, eventos e produtos que possam ter elementos que façam parte da conversa”, ressalta Callage.

Pensando nessa construção, a Olympikus levou ao Jalapão um time de influenciadores e embaixadores da marca para ajudar a propagar e ampliar a experiência no digital. A J. Walter Thompson Brasil também foi escalada para registrar os momentos da viagem e transformá-los em minidocumentários que serão compartilhados nas redes sociais da marca. As agências Milk, Esporte & Negócios, Icons, Float, Mescla e La Buena Onda também foram envolvidas.

“A gente optou por produzir conteúdo e experiências a partir de verdades. Não fizemos um filme publicitário com grandes verbas em um processo que pode ser legítimo para algumas marcas, porque isso não entregava a aproximação que buscávamos”, explica Callage. “O circuito nos dá oportunidade de estar próximo das pessoas, mas também serve para a marca amplificar o que foi vivido, e que as pessoas percebam a nossa legitimidade”, finaliza. Mato Grosso e Pará receberão as próximas etapas do projeto.