Os números de OOH (out of home) são superlativos no Brasil. Pela primeira vez, o meio ultrapassou a barreira de 10% dos investimentos publicitários no Brasil e faturou R$ 433,98 milhões no primeiro trimestre do ano, de acordo com o Cenp Meios. Com participação de 11,4% no bolo publicitário, o meio só perde para TV aberta (share de 54,7%). Em termos de penetração, o OOH encostou na mídia líder no país. Segundo o Mídia Dados Brasil 2019, enquanto a TV aberta tem 88% de penetração no total da população (30 dias), a mídia out of home tem 87%. Tal penetração é superior a países como França, Espanha, Reino Unido e EUA.
“Estamos muito felizes com este novo patamar alcançado pelo segmento, que vem crescendo de forma sólida e contínua nos últimos anos, sendo hoje parte estratégica nos planos de comunicação de marcas de diversos setores e tamanhos. Em 2018, 6.151 anunciantes (7.658 marcas) usaram o meio em sua estratégia de comunicação, estes números são superlativos e demonstram a aderência ao meio”, diz Ana Célia Biondi, presidente da ABOOH (Associação Brasileira de Out of Home).
Para a executiva, o resultado pode ser creditado a vários fatores, entre eles, o ganho de profissionalismo do meio, o investimento feito em produtos de qualidade, a qualificação das equipes e a introdução de métricas, que permitem ao setor ser comparado a outros meios em termos de eficiência e custo. Segundo ela, com certeza, a digitalização vai ocupar mais espaço do que ocupa hoje. “Com certeza, novas tecnologias contribuem para a evolução do meio, enfim uma série de evoluções vem transformando o meio nos últimos anos. Mas não acreditamos que o estático vai desaparecer, o uso de dados, a compra programática, tudo isso deve passar a ter mais relevância no segmento nos próximos anos”.
Ana Célia afirma que o setor está muito otimista. “Com este crescimento expressivo e constante e com uma penetração cada vez mais relevante, 2020 deve ser um ano em que o OOH vai ter mais presença ainda nos planos de mídia dos anunciantes”, prevê a executiva. Ela observa que o segmento é democrático, atende todo tipo de anunciante em termos de tamanho e atuação. “E com o Brasil se mostrando uma boa opção para investimentos, o próximo ano deve ser ainda melhor do que 2019”, pontua a presidente da ABOOH.