Certa vez me perguntaram qual era o papel de uma profissional do marketing. Respondi que estamos aqui para servir os consumidores, seja com um produto, um serviço ou uma campanha.

Mas, antes de tudo, é preciso entender o mercado, se atentar às tendências e colocar o consumidor ao centro como protagonista dessa jornada.

Isso significa que construir relacionamento, pesquisar, gerar dados e estar onde eles estão é parte fundamental para criar pontos de conexão com os consumidores, além de alcançar grandes resultados.

Há quase 20 anos na Unilever, uma das maiores empresas multinacionais de bens e consumo do mundo, observei e fiz parte de grandes projetos que tiveram objetivos bem genuínos: ser relevante para o consumidor e a escolha ideal, dentre tantas.

Foi nesta trajetória que me descobri apaixonada por esse mundo, sobretudo, ao que está relacionado à beleza e ao bem-estar.

Acredito em uma beleza que vai muito além da aparência física e reflete o mundo nas suas mais variadas formas e em todos os lugares.

Uma beleza positiva e sem padrão, que expressa a maneira como nos sentimos, como nos posicionamos e procuramos dar o melhor de nós em nossas ações.

Essa perspectiva faz com que nós, que estamos na linha de frente, nos coloquemos em uma posição de escuta, antenados nos valores que estão no radar do consumidor, dos quais muitas vezes são tão diferentes entre si.

Isso tem muito a ver com a diversidade cultural, racial, geracional e geográfica, e tangenciar todos esses mercadores em formato de produto/solução é o que nos faz alcançar ou, minimamente, nos aproximar da persona que desejamos atender. Uma construção que se faz “com”, ou seja, em conjunto.

Estar atento ao que acontece ao nosso redor também diz muito sobre como codificamos a maneira que o consumidor brasileiro consome mídia, principalmente a geração Z, que é tão engajada em diferentes sentidos.

O que nos leva também a acompanhar esse tipo de comportamento, inclusive, de forma estratégica, para que, de fato, haja um vínculo nesta relação marca-consumidor.

O relançamento da marca Tresemmé, que é focada em um público mais jovem, antenado e que está sempre em busca de tendências, é um grande exemplo.

É uma ativação que nós só fazemos comunicação digital, pois ela já responde na maneira que o mercado está inserido.

É também de suma importância, principalmente dentro da categoria de beleza, o investimento no que a gente chama aqui de marketing de influência, que não é a marca falando pela marca.

Mas, sim, os outros falando por ela, a exemplo de uma rede engajada de influenciadores de Tresemmè.

Eles são responsáveis por engajar os consumidores com as mensagens que queremos transmitir.

Trazer essa comunicação inovadora para a marca, investindo em influenciadores digitais, tem a proposta de ensinar e incentivar as mulheres, por exemplo, a se produzirem sozinhas, com um acesso mais fácil a novas formas de reproduzir as tendências capilares e penteados do momento.

Esse caminho que tracei, de observar as tendências e como elas se relacionam com a necessidade do consumidor, de compreender o formato da mídia que vai potencializar o projeto e o investimento no marketing de influência, é o tripé que vai conduzir a construção de novos aportes, não só engajando o seu público, como também impactando a imagem e o crescimento das marcas, continuamente.

Nathalie Honda é CMO beauty&wellbeing Brasil and hair Latam
nathalie.honda@unilever.com