O Big Brother Brasil mexe com as emoções da audiência brasileira de uma forma muito particular. Tem quem adore e tem quem odeie na mesma intensidade.

Pessoalmente, não me encaixo em nenhum dos grupos e o reality está longe de ser meu ideal de entretenimento, mas, como trabalho com comunicação, independentemente das minhas preferências, entendo o programa como um grande laboratório sobre as relações humanas e sobre ações de marca.

Há 9 anos liderando a The Insiders Brasil, empresa cujo foco é o marketing boca a boca, noto que têm mais sucesso nas abordagens com consumidores reais marcas que conseguem participar naturalmente das conversas sociais. Gostando ou não do reality show da Globo, sabemos que boa parte delas vão girar em torno dos acontecimentos da casa mais vigiada do Brasil nos próximos meses.

Falem bem ou falem mal...

A reportagem do G1 da semana passada mostrava que o programa gerou 1,9 milhão de conversas no Twitter a cinco dias da estreia, um crescimento de 50,8% em relação ao volume de publicações nos primeiros 12 dias do ano passado. Isso sem contar que é um programa que resiste há 22 anos na grade de um canal aberto, em horário nobre...é muita coisa!

Eu queria entender como as pessoas da minha rede encaram o Big Brother Brasil e abri no LinkedIn uma enquete perguntando sobre a relação com o programa. Olha, foi um dos posts de maior engajamento que tive por aqui, comprovando a minha teoria inicial de que é uma atração que mexe com as emoções do público de qualquer forma. Em três dias de enquete, mais de 1.000 respostas e 42 mil visualizações, além de comentários, muitos comentários, a maioria contra o programa, apontando atividades alternativas para o horário ou os streamings como salvação.

É excelente que tenhamos tantas alternativas para nos ocupar e nos entreter e que a circulação das notícias nas redes sociais nos ajude a saber o que acontece na casa mesmo sem acompanhar o programa em tempo real, o que nos dá a possibilidade de consumir as informações, estabelecendo os nossos próprios filtros. Acho que o que dá força à atração é justamente isso, o falem bem ou falem mal. Apreciemos ou não o reality, as histórias da casa vão reverberar aqui do lado de fora, essa é uma certeza. Como comunicador, acho bom dar umas espiadas estratégicas.

Foto: Pixabay/Adriano Gadini

A título de curiosidade, o resultado da minha enquete para a pergunta: qual a sua relação com o Big Brother Brasil:

Adoro e assino pay-per-view X - 8%

Assisto - 17%

Acompanho pelas redes - 15%

Nunca sei de nada - 61%

Em que grupo você está? Respeito todas as opiniões, pessoal.

Joel Amorim é Managing Director Latin America da The Insiders