A propaganda também tem um dia para chamar de seu. O Dia Mundial da Propaganda é celebrado em 4 de dezembro, e foi instituído no 1º Congresso Pan-Americano de Propaganda, realizado em Buenos Aires, em 1936, e de lá para cá ganhou abrangência internacional. Nesta edição, o propmark traz uma reportagem especial com o depoimento de publicitários, que fazem uma reflexão sobre o negócio.

A percepção geral é de que há motivos para comemorar. Apesar das margens reduzidas e da cobrança incessante pelo ROI (Retorno sobre o Investimento), as agências de publicidade vivem um novo ciclo marcado por abundância de dados, inovações revolucionárias com novas tecnologias, como a inteligência artificial, que auxiliam os profissionais como nunca antes no processo criativo.

A criatividade, sem dúvida, continua reinando, mas agora está apoiada por soluções digitais que agregaram precisão matemática de dados, multicanalidade, integração, retail media, ativações, games, TV conectada, branded content, marketplaces, e-commerce, redes sociais e por aí vai.

É o melhor dos mundos e ao mesmo tempo não. Afinal, o leque de pontos de contato para as marcas alcançarem os consumidores por meio da comunicação não para de crescer, o que torna a arte de fazer propaganda cada vez mais complexa, exigindo dos profissionais uma visão cada vez mais multidisciplinar.

Outro ponto é que o negócio da propaganda se torna ainda mais robusto. Estudo da Warc aponta que este ano o crescimento global será de 4,4%, totalizando US$ 963,5 bilhões em investimentos; em 2024, a perspectiva é que a elevação será de 8,2%, ultrapassando a marca de US$ 1 trilhão em faturamento pela primeira vez na história.

Conceitualmente falando, o futuro da propaganda é cada vez mais digital, mas também cada vez mais humano. “O mercado tem de celebrar toda a transformação que os dados e a inteligência artificial proporcionam e continuar sonhando com futuros possíveis, onde criar, testar e aprender pode ser mais rápido, plural, diverso e inclusivo”, diz Dora Oliveira, diretora de martech e data analytics da i-Cherry. No conceito de Geraldo Rocha Azevedo, CEO da Execution, o mercado vive uma era inigualável. “Ela (a propaganda) faz com que sejamos estimulados todo dia a buscar novos formatos e, consequentemente, nos leva a uma evolução muito rápida da atividade. A curiosidade é a mãe do conhecimento.”

Para João Branco, ex-VP de marketing do McDonald’s e agora professor de cursos na Exame, PUC e Startse, a propaganda é onde as pessoas encontram alívio para as suas dores. “A tecnologia está nos permitindo saber melhor sobre a dor de cada um e sobre a melhor forma de abordá-los”, reflete o executivo.

Fica aqui a singela homenagem do propmark a todos os criativos, profissionais de planejamento, atendimento, mídia e de todas as áreas que fazem parte da engrenagem e movimentam a indústria da publicidade. Parabéns pela dedicação e por tornarem a propaganda brasileira uma das mais respeitadas do mundo!

Melhores do ano
E por falar em homenagem, foi encerrada na semana passada a votação da premiação Melhores do Ano do propmark. Com 23,417 mil votos, a votação popular ficou no ar por duas semanas, entre os dias 8 e 22 de novembro, no site propmark.com.br, que revelou os ganhadores nas dez categorias poucos minutos depois de finalizada a votação. O objetivo foi mostrar total transparência do processo.

A votação foi pública sem qualquer restrição para quem quisesse votar no site. A ferramenta, porém, não permite duplicidade de votos. Uma observação é que o leitor, não necessariamente, precisava votar em todas as categorias. Esta edição traz depoimentos dos indicados, sendo que na próxima, em 4 de dezembro, serão publicadas matérias especiais com os vencedores em cada categoria.

Frase: “Sonhar com o futuro é delírio costumeiro.” (Leandro Karnal no artigo “O silêncio”, do Estadão, em 22/11/23).

Armando Ferrentini é publisher do propmark