Eduardo Simon, CEO da DPZ&T (Divulgação)

Enquanto a China dá seus primeiros passos rumo à recuperação em meio à crise, os meus são guiados por um provérbio milenar vindo daquela mesma região: “Tempos difíceis geram pessoas fortes, e pessoas fortes geram tempos melhores”.

É a essa certeza que me apego, e assim que tento pautar a caminhada do negócio que lidero neste momento tão complexo. A história mostra como grandes baques promoveram guinadas ainda maiores: a Guerra dos Cem Anos puxou o fim do regime feudal; a Grande Depressão fez surgir o chamado New Deal e o estado de bem-estar social; o estouro da bolha da internet mudou a forma de encararmos a tecnologia e redesenhou completamente os negócios da web.

Em comum, essas crises concretizaram e levaram a outra escala o que antes eram apenas medo; na prática, exigiram reinvenção. Já sabemos que, da porta para fora, os hábitos sociais mudarão. Impossível dizer se será o fim dos grandes eventos aglomerados ou dos cumprimentos com beijinhos.

Mas uma coisa é certa: lavaremos mais as mãos. Isso porque a pandemia inaugurou um novo senso de responsabilidade: podemos evitar que nós mesmos e muitos outros adoeçam simplesmente cuidando da própria saúde, seguindo claros protocolos de prevenção. Da porta para dentro das empresas, uma desejada atitude empreendedora, que encabeça ações de forma proativa, antecipa tendências, cuida do coletivo e recria oportunidades, ajudará a forjar novas e desejadas lideranças. O pós-Covid demandará novos líderes e novas posturas. Sobretudo no nosso mercado, que vai necessitar de lideranças dispostas a transformarem completamente os seus negócios, focar em pessoas e usar empatia como sua maior qualidade. Sem dúvida, vivemos o maior desafio de nossa geração. Não o desperdice.