Minha mãe sempre fala que fui uma criança hiperativa e imperativa.
Eu imagino que não tenha sido muito fácil para a minha família cuidar deste furacão!

Aos 15 anos, enquanto minhas amigas sonhavam em casar, ter filhos, já pensava em morar sozinha, em me tornar uma grande profissional, viajar pelo mundo.

Aos 20 anos, lembro-me de sonhar alto, tão alto que os meus sonhos pareciam
inatingíveis.

Aproveitava o presente com a intensidade de um foguete. Estudar, trabalhar, conquistar, passear e viajar, eram coisas que aconteciam tudo junto e misturado. Aos 30 anos, quando a vida parecia perfeita, e tudo seguia no caminho certo, caí em depressão.

Cheguei a achar que era o fim.

E foi então que tive de escolher: continuar sofrendo ou voltar a sorrir. Eu escolhi viver, sorrir e ser feliz. Escolhi enfrentar o mundo e os problemas.

E escolhi fechar os olhos e os ouvidos para todos que diziam “você não vai conseguir”, “você não é capaz”.

Entendi que a maior motivação que poderia ter na vida estava dentro de mim: me amar, sonhar e acreditar.

Como disse Ariano Suassuna, a tarefa de viver é dura, mas fascinante.

Hoje entendo que, o que me move e sempre moveu, é a dádiva de poder viver as belezas dessa existência, os perfumes da vida, e dela... a graça de saborear cada segundo com toda intensidade.

O que me move e me inspira é cada sorriso e cada abraço dos meus filhos; é seguir escrevendo junto deles uma linda história no livro da vida.

É poder viajar, conhecer pessoas, viver novas experiências, e conhecer lugares fascinantes. É fazer a diferença no meu trabalho, na vida de alguém.

É acordar domingo de manhã pra ir ao parque correr, observar as pessoas, ouvir os sons da natureza, contemplar a beleza da vida. É poder exercer a profissão que escolhi e tanto amo.

Realmente a tarefa de viver é dura e todos os dias haverá barreiras entre você e seus sonhos.

Mas para mim, o que faz da vida algo fascinante é fazer tudo com amor.

Patricia Vidal é diretora de marketing do Grupo Jovem Pan