Você já parou para pensar e reparar em quantas mulheres ocupam cargo de gestão no seu local de trabalho? Se for mais de 50%, ótimo, isso significa que a sua empresa preza pela igualdade. Mas, infelizmente, essa não é a realidade de muitas organizações.

Apesar da evolução e da conquista de direitos do sexo feminino, a desigualdade de gênero ainda existe e cria vários obstáculos para as mulheres no mercado de trabalho. Podemos observar nas instituições, principalmente em cargos superiores, a falta de igualdade de gênero, em que funcionários do sexo masculino prevalecem nessas posições. O estudo “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), informa que, apesar do nível educacional mais alto, as mulheres ganham em média 76,5% do rendimento dos homens, ou seja, mesmo nos dias de hoje, o salário delas ainda é inferior e apenas 39,1% dos cargos gerenciais são ocupados por elas.

Esse cenário atual é resultado do contexto histórico, social e cultural das condições do gênero feminino em suas ocupações, que infelizmente ainda existe e é formado por diversos estereótipos e visões sobre as profissionais, tornando-se um desafio para as mulheres, já que a falta de oportunidade acaba gerando perda de produtividade e afeta diretamente a qualidade do trabalho. No entanto, algumas empresas já aderiram em sua estratégia diversas ações efetivas para promover a liderança feminina e evitar essas problemáticas, prezando pelo trabalho inclusivo e proporcionando chances iguais de crescimento profissional, independentemente do gênero. O resultado dessa iniciativa impacta na relação da equipe com a instituição, além de aumentar a satisfação dos colaboradores, melhorar o clima organizacional e o crescimento do negócio.

Ainda citando as dificuldades que as mulheres enfrentam no ambiente de trabalho, não podemos deixar de lado os casos de assédio moral e sexual. Ambos podem ser manifestados e praticados por meio de comportamentos, palavras, piadas, cantadas, pressões psicológicas, atos e gestos abusivos causando grandes danos, como estresse, depressão, ansiedade, que podem afetar gravemente a vida pessoal e profissional de uma mulher.

A Gotcha é um exemplo de agência que incentiva o desenvolvimento das mulheres. Tive a oportunidade de ocupar o cargo de head de social media. E o melhor: eu entrei como estagiária, migrei para assistente e hoje, com apenas 22 anos, em plena pandemia, passei a ocupar um cargo de gestão! Eu sabia que a responsabilidade que eu iria assumir era beeemmm grande, mas com o tempo tudo se encaixa e as coisas vão fluindo. Esse tipo de oportunidade é superimportante. Ajuda a promover o crescimento profissional e pessoal das mulheres, por isso é fundamental dar voz a elas e confiar no trabalho delas. Afinal, o empoderamento feminino não deve ser uma luta exclusiva das mulheres, os homens também precisam apoiar e passar a enxergá-las como parceiras na sociedade.

Por Ariane Medeiros é head de social media da agência Gotcha