Crédito: Jefferson Santos/Unsplash

A pandemia da Covid-19 deixará muitos aprendizados para todos nós. Um deles certamente será o do trabalho a distância. Com praticamente dois meses de quarentena no Brasil, pode-se dizer que as empresas e seus profissionais já estão mais adaptados ao home office, porém, algumas atividades são ainda mais desafiadoras. O jornalismo é uma delas. Aqui, no PROPMARK, está sendo um desafio enorme liderar uma equipe remotamente.

Primeiro, porque o jornalismo é uma profissão dinâmica, que requer troca de ideias constantemente e uma nova pauta pode surgir a qualquer momento. E o pior: para não perder o ‘furo’ no site, agilidade é essencial. E nem sempre conseguimos ter uma comunicação tão rápida estando separados. Afinal, às vezes, o profissional não está diante do computador no momento ou demora para responder por algum outro motivo – tudo isso é perfeitamente compreensível e faz parte. O que fazer diante disso? Respirar fundo e se adaptar.

O pior é quando você escreve uma simples e corriqueira mensagem e cada um interpreta de um jeito. Afinal, um texto pode ser interpretado de várias formas. Mesmo por telefone, às vezes, fica difícil você dar uma orientação que facilmente seria compreendida no tête-à-tête. Não é à toa que uma das soluções para reduzir o ruído de comunicação e aproximar as equipes tem sido a realização das propaladas videoconferências, tão em alta nesta quarentena.

De fato, aplicativos como WhatsApp, Zoom e Hangouts, entre outros, ajudam e muito na comunicação com as equipes a distância, mas problemas como dificuldades de conexão, falha no microfone e assim por diante também são inerentes ao contexto. Para mim, o que funciona melhor no momento é o Hangouts, do Google. Pelo menos, a experiência com ele para fazer uma videoconferência envolvendo um número maior de pessoas tem sido a melhor.

Para além do ambiente corporativo, esses apps têm ajudado bastante parentes e amigos a matarem as saudades, encurtando distâncias, o que traz um pouco de alento em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo. O que nos leva a crer que quando o fim da pandemia chegar eles devem permanecer mais no nosso dia a dia também.

A angústia do isolamento social prolongado é outro fator que tem afetado o emocional das pessoas. Trabalhar home office num cenário normal é o sonho de consumo de muita gente, mas ficar confinado por causa do risco de contaminação do coronavírus é uma situação totalmente atípica e muito difícil. A solução, em muitos casos, como várias agências e empresas estão fazendo, é buscar terapias motivacionais ou, se a sua empresa for menor e você não tiver recursos para isso, às vezes, é preciso parar um pouco suas tarefas diárias (que provavelmente devem ter dobrado com as dificuldades desse novo cenário – no meu caso, triplicaram) e simplesmente conversar com seus colaboradores e deixar que eles desabafem. Certamente, vai fazer bem pra eles e pra você também.

Acredito que outra lição que essa crise nos deixará é a de dar mais importância para ouvir o outro. E, apesar de os nervos estarem à flor da pele, nada como uma boa conversa para acalmar os ânimos e retomar o fôlego para seguir adiante. Vamos fazer um Hangouts?