Simples jogo de palavras. Na aparência e entendimento antigo, sim. Só que, equivocadamente. A diferença é abissal e possibilita, agora, a redenção da saúde, ao menos, em nosso país. Durante anos convivemos exclusivamente com o código Pronto-Socorro. Para tudo e para todas as situações e circunstâncias.  Situações que demandassem solução imediata. S-O-C-O-R-R-O!!!  Ataque do coração, facada, acidentes graves, engasgos e outras emergências.

Mais adiante, em trabalho de consultoria que a Madia e Associados fez para o Hospital 9 de Julho, passamos a conviver com o código Pronto Atendimento. Para todas aquelas situações que, por insegurança ou medo, as pessoas só se sentissem seguras olhando nos olhos de um médico e recebendo orientação. Isso obrigava aos rebatizados Pronto Atendimento, em tempos de alta demanda, recorrerem a uma triagem e hierarquização na ordem dos atendimentos ou socorros. Em primeiro lugar, as situações mais dramáticas e perigosas, e, depois, algumas pessoas correndo o risco de passarem horas esperando por alguma atenção na medida em que podiam esperar...

Dia 11 de julho de 2011, notícia divulgada pelo governo da Amazônia. “De janeiro a maio deste ano o número de atendimento nos Prontos-Socorros adultos e infantis e nas unidades de serviços de Pronto Atendimento da rede estadual de saúde do Amazonas cresceu 22,8% em comparação com 2010. Das mais de 1,3 milhão de pessoas atendidas nas unidades de urgência e emergência em cinco meses de 2011, cerca de 40% foram aos locais em busca de consultas médicas para problemas que poderiam ser resolvidos na rede de atenção primária...”. Em 2011, telemedicina era proibido... E aí os custos dos planos de saúde, por confundir-se Pronto-Socorro com Pronto Atendimento, foram pro espaço, inviabilizando-se... Ninguém mais conseguia pagar... Os Conselhos de Medicina decidiram flexibilizar, e uma nova realidade passou a mudar radicalmente esse business no Brasil... Corta para 2021, reinvenção do Fleury.

Quando se fala em saúde, ou doença, e ouve-se ou lê-se essa palavrinha mágica Fleury, as pessoas se sentem mais seguras. Uma marca construída no correr de décadas como a mais cara, mas, e de longe, a melhor e mais confiável. E o Fleury entendeu que o negócio de pronto atendimento está muito mais para os laboratórios e demais prestadores de serviços de saúde, do que para os hospitais, muito especialmente quando os conselhos de medicina vergam-se à realidade, começam a conviver com a tecnologia e a inteligência artificial, e permitem a telemedicina, a medicina a distância. Assim, da aparentemente pequena, sútil e monumental diferença que existe entre Pronto-Socorro e Pronto Atendimento, nasceu um novo e poderoso e redentor business – em termos econômicos, e em termos sociais. Ou, como dizem os mais bocudos, “um fim à frescura” dos que por qualquer gripezinha corriam e entupiam os prontos-socorros.

Por R$ 29,90 mês, através de um app mais que amigável, os que aderirem ao Saúde ID do Fleury poderão realizar todas as consultas a distância. Mais adiante, mediante algum pagamento adicional, ou específico diante de cada atendimento, ter um contato físico e presencial com um médico e outros profissionais da saúde, num posto avançado o mais próximo de sua casa.  Quem sabe, mais adiante, numa parceria entre o Fleury e uma ou muitas redes de farmácias. E tudo começou quando a prática e o tamanho das contas de saúde e dos hospitais começaram a urrar as abissais diferenças, embora na aparência sinônimos, entre PA e PS – Pronto Atendimento e Pronto-Socorro... A importância de usarem-se as palavras certas, e de se fazer, de verdade, de respeitar na plenitude, o verdadeiro significado das palavras.

Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing
famadia@madiamm.com.br