Jomar Pereira da Silva Roscoe é o meu Jeremias. 100% empatia. Incapaz de pensar em si antes de pensar e colocar-se no lugar dos outros. Se sobrar algum tempo… Onde chega é como se o amor e a paz tomassem conta do ambiente. Exala felicidade… Como faço de rotina, dou uma espiada na avenida Facebook. Cruzo com um post do Jomar: “Abrir ou não abrir? Horizontal ou vertical? A resposta vale mais de trilhões de dólares e mais de trilhões de vidas. Trump, bem informado, já quer cancelar voos para o Brasil. O novo ministro da saúde ainda está perdido, colhendo informações, sem o carisma do anterior. O Supremo assegurou autonomia para governadores e prefeitos, e o que se percebe é que alguns mandam a polícia baixar porrada em velhinhos que forem na rua e outros autorizam abertura de feiras livres e restaurantes, uma temeridade. Os números indicam que estamos no início de uma crise que se agiganta apocalíptica, num duelo sem precedentes entre saúde e dinheiro. Com isso vamos nos perdendo, inclusive eu nesse texto. Urgente que nos encontremos…”, Jomar.

Não resisto. A saudade é muita, respondo… “Jomar, não existem duas alternativas. A vida é infinitamente maior. Nos venderam isso de forma criminosa e medíocre. Só temos um caminho a seguir. Cuidar da saúde e cuidar da economia/bolso, simultaneamente. Como em tudo que fazemos na vida. De forma sensível, lúcida e racional. Acreditando nas pessoas, acreditando nos brasileiros, e na capacidade de comunicação dos publicitários de nosso país. Vamos desafiar nossos melhores criativos de ontem e de hoje para que, voluntariamente e em 48 horas, apresentem propostas de comunicação com a energia, competência e qualidade capaz de motivar que as pessoas, com compreensão, entendimento e felicidade, optem por permanecerem em suas casas. Sintam-se participando e contribuindo, e não presas e obrigadas, como hoje. O grande desafio para os criativos é revelar uma razão forte e irresistível para sensibilizar e motivar as pessoas. Lembra, Jomar, as tais das USP – Unique Selling Proposition –, que arrancavam as pessoas da cadeira e saiam em desabalada carreira pra comprar o produto. Eles são mais que capazes de criar e passar essa mensagem, de uma forma educada, sensível e contundente. Paralisando os recalcitrantes diante da perspectiva da morte. Existe USP melhor? Permanecer vivo! Eu quero. Você quer! Mas, políticos e autoridades não acreditam em educação, em sensibilização, em convencimento; e assim partem pra porrada, para o confinamento estúpido e irracional, exigindo que 210 milhões de brasileiros tranquem-se em suas casas, quando mais de 90% dos 5.500 municípios do país não registram um único caso. Enfiam o dedo em nossa cara e gritam, ‘Fiquem em casa’. E para piorar, só agora, 60 dias depois – mas ainda é tempo –, descobriram a única vacina comprovada para evitar a contaminação. A embalagem para nariz e boca, por onde saem os bichinhos contaminadores. Embalagem mais conhecida como máscara. Esqueceram-se das lições da capa de chuva, da camisinha e de todas as embalagens que protegem os milhões de produtos que ingerimos dezenas de vezes todos os dias. É isso, querido amigo Jomar. Não existe o desafio de Sofia, nem o ‘se correr o bicho pega, se ficar o bicho come’. Existe apenas o planejamento, a racionalidade, a sensibilidade e, em decorrência, a inteligência. E o lado mais triste de toda essa pandemia é constatarmos que as nossas lideranças políticas são exponencialmente piores e mais incompetentes do que nem no pior dos pesadelos consideramos imaginar…Urgente que nos reencontremos! Forte abraço, Madia”.

“Francisco Madia, lúcido como sempre. Adorei o texto. Bj”.
Lucia Leme

“Outro pra você, querida amiga Lucia”.

Francisco Alberto Madia de Souza é consultor de marketing (famadia@madiamm.com.br)