As competições esportivas estão sempre na atenção dos canais de mídia. E com razão! As transmissões desses conteúdos atraem um tipo de público específico em busca de entretenimento. Que se diverte com futebol, basquete, Fórmula 1 e outras modalidades do automobilismo, lutas, vôlei, maratona e todo o elenco dos Jogos Olímpicos.

O esporte está a serviço da segmentação. Tão útil às marcas que querem estar associadas a esse tipo de audiência. Que não é mais meramente masculina, sobretudo no futebol. A mistura está consolidada e ficou para trás a ideia de que mulher consome novela e homem futebol.

A Band, que trouxe de volta o espírito esportivo à sua grade de programação, vem obtendo dividendos positivos com o retorno dessa opção. No passado recente, à época de Luciano do Vale, ganhou projeção como o canal do esporte. Na diversidade de ofertas da Band estão a Copa Africana, campeonato alemão, F-1, NBA e outros esportes, além de programas com nomes consagrados como Milton Neves, Neto, Chris Dias, Elia Junior, Glenda Koslovski e Renata Fan, por exemplo.

O retorno do esporte ao protagonismo da Band mostra que alguns deles não são reféns de algumas emissoras. Se a F-1 não interessou mais à Globo, na Band manteve e trouxe novas adesões para as transmissões dominicais com Sergio Maurício e Reginaldo Leme. Não que a Globo tenha desistido do esporte. Pelo contrário. Tem no seu domínio algumas propriedades cobiçadas como os jogos da seleção brasileira e da Copa do Mundo.

O SBT ganhou muito com a Copa Libertadores da América. E a Record TV com campeonatos regionais como o Carioca e o Paulistão. Gera mais empregos para os profissionais que cobrem a área e abastece uma cadeia enorme de suprimentos. A TV Gazeta tem programas e é proprietária da São Silvestre. A TV Cultura transmite a NBB, a Fórmula E e a Indy. Já a HBO Max vem transmitindo via streaming e ao vivo partidas do Campeonato Paulista.

Os canais especializados, como SporTV e ESPN, oferecem mais densidade na programação. E trazem esportes que nem sempre estão no foco. Torneios de tênis, como o recente Australian Open, cuja final teve mais de cinco horas de duração no duelo entre Nadal e Medvedev, prendem os aficionados à telinha. Os patrocinadores não perdem a oportunidade.

Mesmo os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim estão no foco da mídia. A Globo, por exemplo, vai transmitir nas suas madrugadas. Mas, no próximo dia 13, teremos algo especial para ilustrar a força do esporte nos meios de comunicação, especialmente a TV. As atenções do mundo todo vão estar concentradas na transmissão do Super Bowl, a final da competição da liga de futebol americano NFL (National Football League), este ano entre as franquias Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams. Exclusiva da NBC, chega ao Brasil pela RedeTV! A final será no SoFi Stadium, em Los Angeles, Califórnia.

A cobiçada transmissão atrai anunciantes de todas as matrizes e interesses. Porque não se trata apenas da competição que elege o melhor time da temporada nos EUA. O estádio vai reunir grandes nomes da música para divertir quem estiver presente. Um show pirotécnico que envolve as agências de live marketing dos EUA e produtores de espetáculos. Estão confirmados: Eminem, Snoop Dogg, Dr. Dre, Mary J. Blige e Kendrick Lamar. Juntos os artistas somam 43 Grammys e 22 álbuns em primeiro lugar no ranking da Billboard.

É o horário mais caro da TV mundial. Cada espaço de 30 segundos custa cerca de US$ 7 milhões e há fila de espera para entrar na grade comercial da emissora nesse dia. Só nos Estados Unidos são mais de 100 milhões de pessoas ligadas na transmissão e mais de 1 bilhão em todo o mundo.

A Frito-Lay já vem fazendo teasers com seus comerciais, portanto, com investimento mais robusto no Super Bowl. A Bud Light Seltzer Hard Soda, do portfólio Anheuser-Busch InBev e extensão de Bud Light, vai marcar presença com filme de 45 segundos, o primeiro da marca.

A Amazon Prime Video também vai ter participação. A Gillette, da gigante P&G, aproveita para apresentar seu novo sistema de fazer barba, o GilletteLabs. A última vez que Gillette esteve no Super Bowl foi em 2006, quando lançou o produto Fusion. E-Trade volta depois de oito anos ausente. Rakuten estreia comercial feito por sua in-house. Booking.com, Sam’s Club e Lay’s também aproveitam a onda do big game. As unidades da David de Buenos Aires e Madri criaram para Wallbox.

Na semana passada, a RedeTV! lançou plano comercial para o Super Bowl. Além da transmissão, sua grade já dispõe de reportagens, drops etc. O correspondente internacional Fábio Borges acompanhará ao vivo os bastidores da grande final do campeonato da NFL, mostrando in loco as expectativas e bastidores da disputa.

“O Super Bowl vem aí na RedeTV!. A Liga Brasileira de Free Fire vem aí na RedeTV!. Essas transmissões são as primeiras iniciativas dentro da atual proposta da emissora para 2022, um ano que promete diversas novidades para o público e anunciantes”, destaca a executiva Juliana Algañaraz, CEO da La Reina Entertainment e superintendente artística e de produção da RedeTV!. “Além de ser a liga mais assistida no mundo, com milhões de fãs no Brasil, é um espetáculo extraordinário”, diz Amilcare Dallevo Neto, head of sales and value creation da emissora.

Falar do Super Bowl é especial porque é uma atração que liga marcas aos consumidores. A publicidade mostra seu poder ao garantir que o evento tenha a amplitude que conquistou com lapidação e aperfeiçoamento constantes. Graças aos investimentos dos anunciantes.

No Brasil, a distribuição por várias emissoras das principais competições democratizou ainda mais o aporte das verbas publicitárias. O segmento de apostas online, por exemplo, se tornou conhecido e ficou robusto com comerciais nas grades de todas as emissoras que transmitem futebol.

E este ano ainda temos Copa do Mundo, Champions League e Brasileirão, que estão disponíveis para as estratégias de aproximação dos anunciantes com quem realmente interessa. A força do esporte é real. Agências, de publicidade e de promo, produtoras e emissoras ganham. E brindam o público com essa oferta. O esporte é um show!