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Pela primeira vez no Brasil desde a criação da Netflix, Reed Hastings, co-fundador e CEO da empresa, se reuniu com a imprensa na manhã desta terça-feira (7), em São Paulo, e anunciou uma nova série original brasileira exclusiva para a plataforma: a comédia Samantha, que começa a ser produzida este ano, pela Losbragas.

Mantendo a política da empresa de não abrir dados, Hastings não mencionou o volume de usuários brasileiros da Netflix, mas garantiu que o mercado é “extremamente importante” e “os números locais são realmente impressionantes”. Globalmente, a plataforma de vídeos streaming tem mais de 40 milhões de membros.

Idealizada em 1997, quando ainda não havia uma internet como a de hoje, a Netflix começou a deslanchar no mercado norte-americano em meados de 2001. No Brasil, o produto chegou há cinco anos, antes mesmo de ter sido exportado para a Europa – Hastings credita o investimento no mercado brasileiro ao grande interesse da população por entretenimento.

O executivo garantiu, ainda, que a Netflix não tem intenção alguma de disponibilizar seu conteúdo para anúncios.

“O público ama o fato de não termos anúncios e não vemos motivo para mudar isso. Vamos continuar sem anúncios”, afirmou.

Na opinião do CEO, hoje o poder da Netflix não está mais no streaming, mas sim na sua oferta de conteúdo, que cada vez mais será produzido pela empresa com apelo global. Ele menciona que México e Japão, por exemplo, já começaram também a desenvolver conteúdos exclusivos para a plataforma.

“Pessoas gostam de conteúdo on demand. Elas querem escolher o que vão ver. É assim com música, com livros. A internet, é claro, é um grande fenômeno, pois permite que todos participem. Lançar uma nova TV, com todas as licenças, custaria muitos dólares, mas hoje no YouTube, por exemplo, você consegue criar canais infinitos e revelar talentos”, disse. “Temos orgulho de fazer parte dessa revolução da TV no digital”, reforçou.