Verticais de games, esportes, notícias e TV Zyn ganham iniciativas capazes de manter a proximidade da emissora com os brasileiros

O SBT vai onde o povo está, mesmo no digital. Há dez anos no YouTube, a emissora amplia a sua audiência multiplataforma de maneira orgânica, respeitando a linguagem de cada rede, com conteúdo próprio e não como replicador da grade de TV.  “Precisa entender como estar na palma da mão da garotada, no celular das pessoas”, comenta a gerente de conteúdo digital Carolina Gazal.

No TikTok, são mais de 8,3 milhões de seguidores e 1 bilhão de visualizações. Em 2021, o canal do SBT no YouTube cresceu 24% ante 2020, somando seis bilhões de visualizações e quase 700 milhões de horas assistidas.

Identificação, frequência, narrativa estruturada e hashtags apropriadas asseguram os resultados fortalecidos desde 2020. “O Instagram é inspiracional, o TikTok leva diversão, o Twitter puxa conversas e, no YouTube e Facebook, priorizamos vídeos mais longos, pois é assim que a interação ocorre nessas plataformas”, diferencia Carolina.

A investida em games é outra frente da estratégia. A interação com a comunidade gamer ganha legitimidade com os campeonatos de Fortnite, Fifa, Mortal Kombat, Valorant, League of Legends (LOL) e Warzone realizados em 2021. A previsão é fechar 2022 com um total de 12 competições.

Em novembro, foi inaugurada a Arena StageOn, com patrocínio do Banco do Brasil, Giraffas e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), parceria da Redragon e Terabyte, e transmissão ao vivo da Twitch. “Para 2023, queremos fazer um campeonato por mês, presencial”, antecipa Carolina.

Na outra ponta de interação com a geração Z, está a TV Zyn, canal mais visto do SBT no YouTube, com cinco milhões de inscritos e mais de 2,1 bilhões de visualizações.

Carolina Gazal, gerente de conteúdo digital do SBT: na palma da mão da garotada (Antônio Pallatta/ Divulgação SBT)

Pautada em conteúdo igualitário e diverso, a vertical presente também no Facebook (cerca de 1 milhão de seguidores), Instagram (1,8 milhão), Twitter (1 milhão) e TikTok (2,8 milhões) planeja a estreia do podcast Queijo com Goiabada, no início de 2023. “Vamos começar a trabalhar Romeu e Julieta, em parceria com a Amazon”, revela Carolina.

Lançada em 2020, trabalha atualmente conteúdos direcionados aos fãs de Poliana Moça. Um deles é o PoliCast, podcast de entrevistas apresentadas pelos influenciadores Ana Zimmerman e Nicholas Torres. “Fãs gostam de conteúdo extra. Não existe mais: ‘Dá licença, vou ver minha novela’”, lembra Carolina.

Já no quadro Azamigas, com as atrizes Allana Lopes, Bel Moreira e Flávia Pavanelli, jovens conversam sobre carreira, vestibular e assédio. “Não promovemos feminismo e sim igualdade”, frisa Carolina.

O SBT busca engajamento em 2023 com conteúdo cross media, podcasts e videocasts, além das verticais de esportes e notícias. Com o SBT News, a expectativa é produzir conteúdo ao vivo pela internet. No YouTube, já são cinco milhões de inscritos e mais de 2,5 bilhões de visualizações. Em breve, esse pilar terá novos espaços para fintechs, agronegócio e ESG.

Libertadores, Champions League e Copa Conmebol Sul-Americana também prometem reverberar lances inéditos. “O Futlive já virou referência de pós-jogo no YouTube e Twitch”, exemplifica Carolina. Entre os podcasts, se destaca o Foco ESG, que estreia neste mês de dezembro.

O SBT ainda tem Dropados (games), Podcalizando (celebridades) e Pod Ser Melhor (saúde mental), além do PoliCast. Os esforços no digital em 2023 ajudarão o SBT a otimizar custos, ganhar autonomia na produção de conteúdo e fortalecer a postura sustentável. Cenários virtuais já estão contemplados na nova estratégia.