Armando Strozenberg, chairman Brasil do Grupo Z+ de Comunicação (operação do Grupo Havas no país) assumiu a presidência nacional da Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), no dia 19 de outubro, no lugar de Orlando Marques, que se afastou depois de três anos para assumir um projeto de consultoria no Ibope. Strozenberg ocupava na entidade o cargo de primeiro vice-presidente e ficará na presidência até o segundo trimestre de 2017.
Em um ano complexo e de crise, Strozenberg manteve a agenda de seu antecessor e afirma que o papel da entidade é “atuar firme para que a agência de publicidade tenha o papel que precisa e merece ter no mercado; estimular o fairplay na competividade entre produtos e serviços; defender a liberdade de expressão comercial; e apoiar, junto com anunciantes e veículos, os princípios que norteiam o modelo brasileiro de propaganda; além de jamais abrir mão da ética.”
Fee
As formas de remuneração das agências estão cada vez mais diversificadas e o fee ganha força como formato de negociação recorrente. A discussão foi manchete da edição de 19 de outubro do PROPMARK. O executivo Luis Fernando Musa, CEO da Ogilvy Brasil, calcula que 90% das receitas têm origem nessa métrica e o restante vem de outras combinações como o chamado “success fee”. David Laloum, presidente da Y&R, esclareceu que o fee é uma forma de remuneração de vários clientes, mas o volume proveniente de compra de mídia ainda é a maior fonte de receita.
Relevância
A Aner (Associação Nacional dos Editores de Revistas) escolheu para seu fórum, realizado na sede da ESPM, em São Paulo, no dia 20 de outubro, o tema Reinvenção e Relevância. Em uma era marcada por formatos multiplataforma, publishers precisam dar atenção às novas formas de consumo de mídia para garantir relevância. A recomendação é do executivo Frederic Kachar, diretor-geral de mídia impressa do Grupo Globo e então presidente da Aner. Entre os palestrantes estavam Walter Longo, do Grupo Abril, que defendeu que o digital veio para se associar ao papel.
Estereótipos
Discursos racistas, sexistas e machistas na publicidade estão entre as principais queixas junto ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), que é claro nas questões relativas à respeitabilidade. Na edição de 31 de outubro, o PROPMARK mostrou que a agência Heads realizou o estudo TodXS – uma análise da representatividade na publicidade brasileira, e o principal resultado do estudo foi que tanto a publicidade exibida na TV como posts no Facebook seguem reforçando estereótipos e não representam a diversidade de raça e gênero da sociedade.