As receitas dos 24 principais clubes de futebol brasileiro no ranking da CBF evidenciam a relevância dos valores recebidos com direitos de TV, patrocínios e com publicidade em 2019. Segundo a análise econômica-financeira publicada pelo Itaú BBA nesta terça-feira (28), o aumento das receitas dos times foi impulsionado pela Venda de Atletas (+22%), Publicidade (+11%), Bilheteria/ST (+9%) e Direitos de TV (+6%) totalizando R$ 5,8 bilhões.

Flamengo e Palmeiras, respectivamente, despontam como os clubes com maiores receitas totais em 2019, com faturamento de R$ 841 milhões e 635 milhões respectivamente no período. O levantamento do Itaú BBA indica um segundo bloco formado por seis equipes que vêm fortalecendo seus negócios, com receitas totais entre R$ 300 e 400 milhões, formado por  Inter, Grêmio, Santos, São Paulo, Corinthians e Athletico-PR.

Pameiras, de Felipe Melo, lidera ranking de clubes com maior receita com patrocínios – FOTO: Reprodução/ Instagram

O faturamento com direitos de TV concentra a maior porcentagem de receitas, o equivalente a 41% do total, seguida pela venda de jogadores (23%), bilheteria/sócio torcedor (14%), Publicidade e patrocínio (11%), e Outros/Social, com 5% cada. Os valores permaneceram praticamente os mesmos em relação a 2018.

A soma das receitas com direitos de TV para os 24 clubes totalizou R$ 2,4 bilhões, que incluem valores com torneios Estaduais, Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores, Sulamericana e Mundial em 2019. O Flamengo desponta o ranking com receita de R$ 330 milhões, seguido por Palmeiras (214 milhões) e Corinthians (189 milhões).

Além do valor pago pelos direitos, os clubes recebem ainda valores adicionais em caso da conquista das competições. É o caso do rubro-negro, que recebeu premiações adicionais pelos títulos no Brasileiro e Libertadores, assim como o Athletico (R$ 160 milhões), campeão do Copa do Brasil e o Internacional (155 milhões), que foi vice-campeão da mesma competição. O Corinthians, por sua vez, teve um decréscimo em relação a 2018 (R$ 206 milhões) porque à época, chegou à final da Copa do Brasil, algo que não repetiu em 2019.

Essa receita é importante para os grandes clubes, mas é ainda mais significativa para os menores. No caso do Avaí, por exemplo, o faturamento com direitos de TV equivale a 75% das receitas totais do clube. Para o Goiás, 69% e Vasco, 53%. Entre os clubes maiores, a representatividade é menor. O Flamengo, por exemplo, tem o equivalente a 39% das receitas com direitos de TV. O Palmeiras, 34%. A exceção é o Corinthians, com valor mais elevado de 53%.

Os recursos com publicidade e patrocínios também foram expressivos em 2019, totalizando R$ 673 milhões. O valor equivale a 0,42% dos investimentos publicitários totais no Brasil, segundo estimativa da Kantar Ibope Media. Palmeiras (R$ 135 milhões), Flamengo (93 milhões) e Corinthians (R$ 80 milhões) despontam no ranking, mas o destaque fica mesmo com o alviverde, que detém a maior receita com publicidade no Brasil, registrando aumento de 29% nas receitas em relação a 2018 (R$ 104 milhões). Crefisa, Fam e Puma são alguns dos principais patrocinadores do clube.

Outro destaque é o Corinthians, que dobrou as receitas em relação a 2018, quando faturou R$ 45 milhões. E ainda, o Bragantino, que depois de ter sido adquirido pela Red Bull, recebeu investimento da marca por meio de patrocínio no valor de R$ 31 milhões.