O setor automobilístico brasileiro vive seu melhor momento, apontou o diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat e presidente da ABA João Batista Ciaco no evento da Abap “Nordeste. A Bola da Vez”, que está acontece até domingo (03) em Imbassai. Para ele, o mercado dobrará nos próximos cinco anos, assim como nos últimos cinco.

Fatores que podem levar a este quadro positivo são o aumento da população economicamente ativa e maior poder de consumo. O cenário comprova esta perspectiva do executivo: em 2010 foram comercializados no Brasil 3,3 milhões de carros novos, o que significou um crescimento de 10,6% sobre 2009. “Há nove anos quando comecei a trabalhar neste segmento, este número era de 1,4 milhões”, lembrou.

Este ano, os números do mercado também já são promissores. “No primeiro trimestre tivemos um aumento de 18% nas vendas sobre o mesmo período do ano passado”, disse lembrando que em 2010 ainda havia o benefício do incentivo fiscal que incrementou as vendas.

Mas houve uma mudança no setor que auxiliou neste quadro. “O Brasil sempre esteve concentrado no Rio e em São Paulo e uns tempos para cá vem se deslocando para outras regiões”, falou. Ciaco acredita que, para implementar este movimento, é necessária a descentralização da produção, antes focada nestas duas cidades, ter uma distribuição dos produtos mais efetiva e veloz e compreender os novos potenciais, valorizando a regionalização.

No caso da Fiat, justamente o foco na regionalização está diretamente ligado aos resultados positivos. “Somos lideres de vendas nos últimos nove anos, certamente porque olhamos o consumidor regionalizado”, explicou. Hoje a Fiat tem 22,8% de market share no mercado nacional. 

No Nordeste, os números são ainda mais positivos. “A marca tem a liderança na região há 15 anos, com 27% de market share. O mercado nordestino representa 18,3% da operação da Fiat no Brasil”, falou.

Ciaco credita o sucesso da Fiat no Nordeste a alguns fatores: a compreensão dos consumidores avaliando suas necessidades, ter uma operação regional e o foco no processo de qualidade. “Além disso, a Fiat investe em uma comunicação com cara nacional e perfil regional, por isso trabalha com a Leo Burnett e três agências locais. A finalização é regional, dá o tom local que leva a comunicação mais próximo”, concluiu.

Por Teresa Levin