Nada melhor e mais refrescante do que uma Coca-Cola geladinha para enfrentar aquela onda de calor pela qual passamos. Mas, poxa, pra tomar algo gelado, você tem de saber dosar bem a temperatura do refrigerador e/ou do freezer, e mais o tempo de exposição quando se está com “pressa”. Quantas vezes você já não esqueceu uma bebida que colocou pra gelar e simplesmente ela congelou? Pois é. E estes são apenas dois bons motivos pelos quais o nosso trabalho do cubo gigante de gelo feito pra Coca-Cola foi prazeroso e desafiador… Primeiro porque era um trabalho pra Coca-Cola. Gelada. E, segundo, pelo desafio de gelar as bebidas sem “congelá-las”.
Quando a agência David veio com essa ideia, imediatamente abraçamos o projeto e já começamos a pensar da logística às tábuas de marés, previsões do tempo etc., para executar a ação num prazo bem apertado. O projeto era simples – só que não. Tínhamos de lançar as novas latas de Coca-Cola com a ideia de que um cubo gigante de gelo tivesse se desprendido do Polo Sul ou Norte direto no mar e chegado às areias da praia trazendo centenas de latinhas supergeladas pra matar a sede da galera.
Tivemos pouco menos de um mês de produção pra nos programarmos antes das datas pré-agendadas e para prepararmos as 80 peças de gelo, maciças, de 100 kg, que iriam compor cada cubo gigante. Contamos com a ajuda de um escultor para montar o cubo, que media 2 metros cúbicos, envolvendo 500 latinhas variadas de Coca-Cola, que, quando pronto, pesaria 8 toneladas!
Nossa primeira ação, em plena segunda-feira, foi na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Mas, já no domingo, as peças de gelo foram trazidas de São Paulo para o Rio em um caminhão frigorífico. Começamos a montagem às 22 horas, correndo contra o relógio, pois o tempo estimado era de 8 horas de produção e tudo tinha de estar pronto às 5h45min., ao nascer do sol. Criamos uma estrutura de metal com paletes de madeira internamente para evitar o contato do gelo com a areia da praia, que é altamente corrosiva para esse material, além de garantir a estabilidade da escultura. Vinte pessoas participaram da montagem e, assim, terminamos no prazo. O dia amanheceu lindo. O calor e o sol a pino ajudaram a derreter o gelo. As pessoas começavam a chegar e filas se formaram para pegar a Coca-Cola, que estava supergelada e não congelada. Teve de tudo: raquetinha de frescobol, baldinho com água e até celular pra ajudar a quebrar o gelo e garantir o refrigerante. Muitas pessoas também usaram o próprio gelo para se refrescar e se hidratar, afinal o dia estava quente e as peças haviam sido feitas com água potável.
Repetimos a dose no dia seguinte no Largo da Carioca e, no começo de março, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo.
Mais do que o sol ou um dia quente, o fator preponderante para o derretimento do gelo é o vento. Nesse caso, nossas esculturas de gelo levaram quase 8 horas pra sumir. Mas é claro que as latas de Coca-Cola desapareceram muito antes.
Com as três ações, totalizamos 24 toneladas de gelo, centenas de latas de Coca-Cola distribuídas e milhares de pessoas impactadas. O cubo de gelo gigante teve grande repercussão na imprensa e uma forte mídia espontânea. O que tinha como ideia inicial ser uma simples ação de sampling se tornou uma ativação de marca superbacana, além de mostrar todo o potencial e o que podemos fazer com a mídia out of home. Afinal, quem não gostaria de estar caminhando pela praia ou pelo parque em um dia quente e dar de cara com uma megaescultura de gelo repleta de Coca-Cola geladinha?
Agora, se quiser saber como deixar a Coca-Cola trincando, sem congelar, é só perguntar aqui. Disso, a gente entende!