Pelo segundo ano consecutivo, a nova/sb recebeu o selo Pró-Ética, reconhecimento do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) em parceria com o Instituto Ethos. Implementada em 2010, a iniciativa visa promover a integridade e a ética no ambiente corporativo brasileiro, além de reconhecer esforços de compliance para trazer mais transparência ao negócio e prevenir e combater a corrupção. A agência recebeu a honraria em um evento no qual foi representada por Oscar Kita (diretor financeiro), Bruno Fagali (gerente de integridade corporativa), Bob Vieira da Costa (sócio-presidente), Ana Cristina Gonçalves (diretora de informação e conteúdo) e Cristina Gutemberg (diretora da agência em Brasília).
Para ganharem o Pró-Ética, as empresas devem fazer uma solicitação formal junto ao Ministério, mas os cinco meses que separam o começo do processo ao anúncio das companhias agraciadas acabam por eliminar a maioria delas. Neste ano, 375 solicitaram acesso ao selo, mas apenas 23 conseguiram – cerca de 6%. Do setor de comunicação, foram 14 pedidos – as empresas não são reveladas, mas, entre elas, se encontram agências, emissoras de TV e rádio. Apenas o da nova/sb foi aprovado.
A busca pelo selo tem crescido fortemente. Em relação à edição anterior, o Pró-Ética teve 92% a mais de inscrições. No mercado de comunicação, nunca tantas empresas tentaram a deferência. Além do crescimento da preocupação com o combate à corrupção, essas empresas conseguem adequar seus processos às melhores práticas, e passam a ter um diferencial de mercado que tem sido cada vez mais considerado para a escolha de um fornecedor.
“Obter o selo é um processo bastante longo, em que uma equipe grande verifica todos os procedimentos da empresa. Inclusive, checando junto a funcionários e fornecedores se as informações que estamos dando são verdadeiras. Se, por exemplo, os colaboradores estão sendo mesmo treinados sobre compliance ou se realmente não estamos cobrando BV de produção”, explica Bob Vieira da Costa.
Segundo ele, a empresa adota procedimentos de compliance desde janeiro de 2014, como forma de ter padrões éticos rigorosos no atendimento de contas públicas. Mas, para o setor privado, o selo também conta muito e deve se tornar ainda mais relevante. A nova/sb, por exemplo, tem três novas startups dos ramos de educação e tecnologia como clientes e, em todos os casos, por terem recebido investimentos de fundos, as clientes viram o selo Pró-Ética como um diferencial. “Entramos em diversas concorrências no ano passado por causa desse reconhecimento. Também já fomos procurados recentemente por empresas do setor de energia. O interesse de clientes por fornecedores com esse selo vai crescer muito no mercado de publicidade”.
Ter uma estrutura para compliance não é barato. A nova/sb investiu R$ 900 mil em 2017 com os profissionais e processos envolvidos. Nos primeiros anos, quando foi necessário implementar o compliance, o custo foi superior a R$ 1 milhão. Essa área tem autonomia para treinar e analisar denúncias internas ou externas. “É um poder de Ombudsman”, resume Costa.
“Não se cria uma área de compliance da noite para o dia. Há um período de adaptação de regras, por exemplo, no relacionamento com os veículos ou para elaboração de planos de mídia. Para nós, a área já está solidificada e pronta para analisar e responder a qualquer possível problema”, completa.
A nova/sb aponta 2017 como um ano difícil para ela e todo o mercado, mas demonstra esperança de um 2018 melhor. Começou o ano com os três novos clientes startups, que serão anunciados em breve e serão atendidos pelo escritório de São Paulo. A operação do Rio de Janeiro, diz Costa, foi reestruturada no fim do ano e voltou a crescer. A agência opera ainda em Brasília e Cuiabá. Está na licitação de R$ 450 milhões da Caixa, que é atual cliente, e vai disputar contra outras 12 agências o direito de ser uma das três selecionadas.
Outro destaque será o lançamento, em breve, da segunda edição do relatório Intolerância nas redes. Costa adianta que cresceu muito a quantidade de comentários negativos relacionados às deficiências físicas, que foi o tipo de intolerância mais mencionado nas redes. Expressões como “retardado mental” ou “cego” se tornaram mais comuns. No primeiro relatório, lançado em 2016, o tipo de intolerância mais comum foi à política, bem à frente de misoginia, homofobia e deficiência física.
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