Ao participar do evento Beyond the Olympic Games, no Rio de Janeiro, o CEO do Grupo WPP, Martin Sorrell, mencionou a pesquisa Best Countries Report, realizada por uma empresa de seu grupo, a BAV Consulting, em parceria com a The Wharton School, para entender a dimensão da imagem de uma nação e desvendar a relação entre imagem e investimentos.
O estudo “ranqueia” países com base na percepção pública e características inerentes, valendo-se da ferramenta Brand Asset Valuator e dados do estudo BrandZ. Foram entrevistadas 16.200 pessoas entre formadores de opinião, cidadãos comuns e executivos em cargos de liderança, analisando 60 países com base em 75 métricas diferentes como inovação, empreendedorismo, qualidade de vida, corrupção e educação.
Os dez “melhores países” são, pela ordem, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Estados Unidos, Suécia, Austrália, Japão, França, Holanda e Dinamarca. Esses são os países melhor pontuados em itens como inovação, qualidade de vida e responsabilidade social, detentores dos mais altos índices de uma espécie de “Propósito Interno Bruto”.
Para chegar ao ranking geral, nove quesitos foram avaliados, gerando nove diferentes sub-rankings. Apenas nos quesitos Aventura e Influência Cultural, o Brasil aparece entre os dez primeiros. O país lidera no quesito Aventura e aparece como o sexto maior influenciador cultural do mundo. Sorrell lembrou que ter sua imagem vinculada apenas a Aventura e Influência Cultural não ajuda a atrair investimentos e ter credibilidade no cenário mundial. Principalmente na área de negócios. “Há muito trabalho a ser feito”, diz o executivo.
Sorrell afirma ainda, em um texto introdutório ao estudo, que se transformou em uma revista distribuída em Davos, este ano, que, embora Nova York continue sendo o “centro do universo”, o poder se espalha cada vez mais para o sul, o leste, o sudoeste, para América Latina, África, Oriente Médio, Europa Central e Leste e para Ásia, criando grandes oportunidades.
“Junto com os Brics, mercados como Indonésia, Filipinas, Vietnã, Egito, Nigéria, México, Colômbia e Peru vivem rápida expansão da classe média e maior consumo de bens e serviços, levando ao crescimento”, observa.