Os anúncios invasivos nas telas de dispositivos eletrônicos são os maiores responsáveis pela adesão cada vez mais alta de bloqueadores de anúncios. Segundo um estudo encomendado pela Teads, empresa de publicidade em vídeos nativos, e conduzido pela Research Now, 64% dos brasileiros alegam que a intrusão de propagandas no meio da navegação é o principal motivo para a instalação de ferramentas ad blockers. O formato que mais incomada, de acordo com 46% dos entrevistados no Brasil, é o pre-roll, aquele em que a publicidade aparece antes de começar o vídeo realmente procurado. 

Entre os resultados da pesquisa também fica clara a aversão aos anúncios pop-up, com 85% deles aderindo aos bloqueadores para remover esse tipo de propaganda. Outros 75% afirmam que qualquer formato forçado de publicidade, ou seja, aqueles que não dão a escolha de pular desde o início, são extremamente intrusivos e irritantes. 

O estudo sugere que a melhor maneira para evitar essa aversão aos anúncios é oferecer aos usuários um controle maior da publicidade online. O dado positivo encontrado na pesquisa é que 86% das pessoas ouvidas afirmaram reconsiderar a opção dos bloqueadores se pudessem fechar ou ignorar a propaganda. No mobile, o sentimento é o mesmo, com 57% dos usuários afirmando que desinstalariam a ferramenta de bloqueio se pudessem pular o anúncio desde o início. 

Além disso, tanto pessoas que utilizam ou não os bloqueadores acreditam que formatos de anúncios no celular são mais intrusivos do que os de PC. Em dispositivos móveis, 55% dos usuários ativos de ad blockers são incentivados a se envolverem com anúncios, se estes forem divertidos. 

“As pessoas ao redor do mundo têm expressado uma aversão a formatos de anúncios intrusivos. Por isso, fornecer uma escolha a elas é uma solução global”, afirma Rebecca Mahony, CMO da Teads. “O aumento dos bloqueadores sinaliza uma chamada para o despertar do setor de publicidade. Devemos prestar atenção às demandas dos consumidores quanto a anúncios que respeitem a sua experiência on-line”, completa. 

A pesquisa da Teads ouviu a opinião de mais de nove pessoas nos principais mercados de mídia do mundo, entre eles Estados Unidos, México, Brasil, Argentina, Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Itália. 

 Teads ouviu mais de nove mil pessoas no mundo todo para o estudo, classificados em três grupos: usuários de bloqueadores de anúncios em desktops/laptops; usuários com ad blockers em dispositivos móveis (smartphones/tablets); e aqueles que conhecem a ferramenta, mas ainda não a instalaram. O estudo foi realizado nos principais mercados de mídia em todo o mundo, incluindo Estados Unidos, América Latina (México, Brasil, Argentina) e o Top 5 europeu, com Reino Unido, Alemanha, Espanha, França e Itália.