O consumidor brasileiro mudou. Há alguns anos, o que se via era o consumo crescente da classe C, que se via com maior poder aquisitivo. Hoje, a palavra de ordem no país parece ser contenção. Não só a mudança no cenário econômico mas também no contexto social vêm gerando insights para diversas pesquisas – algumas das quais serviram de tema para o painel “A Nova Cultura de Consumo dos Brasileiros”, do 7º Congresso Brasileiro de Pesquisa de Mercado, Opinião e Mídia, promovido pela Abep (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa). 

Alê Oliveira

Um dos pontos mencionados foi a mudança de comportamento do brasileiro na última década, especialmente no último ano. Segundo pesquisa realizada pela Ipsos Connect GMU e apresentada no congresso por Thiago Graça Ramos, hoje 70% dos brasileiros acreditam que o país não vai bem. “Na opinião do consumidor, o país não inspira confiança e as pessoas não têm estímulo para fazer nada em termos de investimentos”, ressalta Ramos.

O estudo em questão dividiu o consumidor em quatros segmentos: pessimista, desesperançoso, confortável e otimista. No início de 2015, a maior parte da população se dizia otimista. Já no final do mesmo ano, o número de pessimistas dobrou.

Tendência

Mesmo em um cenário de crise econômica, o brasileiro segue consumindo. No setor alimentício, em especial, observa-se uma mudança de comportamento: o brasileiro está mais exigente.

Segundo pesquisa da Millward Brown apresentada durante o congresso, a população, no que se refere a fast food, busca por marcas que sejam autênticas, proporcionem experiência emocional e, assim, diferenciação no mercado. Para chegar ao top 3 de marcas mais lembradas nesse segmento, a Millward Brown analisou 15 marcas e concluiu: Subway é a rede melhor colocada, seguida por Mc’Donalds e Burger King.