Os eternos pessimistas de plantão podem esperar por suas demissões nos próximos dias ou, no máximo, semanas. A economia já dá sinais de recuperação e, no mercado da comunicação do marketing, os grandes eventos previstos para esta época já tiveram início, mostrando a todos que o Brasil que acredita está voltando.
Segundo o IBGE, o país acaba de atingir 206 milhões de habitantes, número suficiente para alimentar um mercado de grandes proporções como o nosso, que também precisa ser alimentado diariamente e ao pé da letra do verbo.
A crença, portanto, devido às nossas características empreendedoras, e ainda que isso signifique apenas algo em torno de 20% da população brasileira, é a de que a força de vontade e a engenhosidade de uma população que sofreu como nunca antes desde o nascimento de cada um dos seus integrantes, somadas à mudança radical no panorama político do Brasil, serão as protagonistas da implantação de um ciclo virtuoso do qual o país tanto necessita.
Ao que tudo indica, não será mais preciso, no curto prazo, saírmos aos milhões às ruas, como vem ocorrendo hoje na Venezuela, querendo no mínimo que se cumpra o dístico da bandeira nacional: Ordem e Progresso.
Simples assim, mas interpretado, em tempos recentes que não deverão jamais se repetir, como uma afronta aos pobres e desassistidos, que serviu de base de apoio para larápios se introduzirem na vida política do país, em busca de ideais de riqueza jamais vistos em qualquer livro de ficção das Mil e Uma Noites.
É muito necessário que lembremos a ação desses marginais por todo o tempo que pudermos, pois o movimento pendular da História faz com que volta e meia retornem aos palanques procurando iludir as novas gerações de necessitados que vão se formar.
Também por isso uma boa política de governo será a redução desse contingente pobre e ao mesmo tempo ingênuo da nossa população, para que cada vez menos tenha grande quórum o discurso falacioso dos insensatos.
Brasileiros que já passaram por várias décadas de vida sabem da força que têm junto às populações menos favorecidas, o discurso da desigualdade, das injustiças sociais, da ganância sem fim dos ricos que não se contentam com o que já têm e querem mais, à custa do sofrido povo das cidades e dos campos.
Só que normalmente o que se tem visto com maior relevância nos últimos 30 anos em nosso país soa falso e ridículo até, pois o que geralmente ocorre é o discurso servindo de instrumento ilusionista para convencer o incalculável contingente de crédulos que temos no Brasil.
A grande maioria dos mistificadores está muito bem de vida, alguns até milionários, à custa de rombos no erário, direta ou indiretamente, pois o crime cada vez mais se sofistica e os pobres prosseguem cada vez mais pobres. Com a agravante, nestes últimos tempos, de grande parte da nossa classe média ter rapidamente empobrecido pela ação nefasta desses meliantes políticos.
Pode-se até afirmar que um considerável contingente de ricos foi rebaixado para patamares inferiores, nem eles suportando as agruras que nos foram socialisticamente impondo.
Basta um rápido olhar sobre o planeta e suas histórias de transformação política e social nos últimos cem anos (1917-2016), para constatarmos o grande engano que tem sido esse falso discurso do bem-estar social. Apenas um dado derruba toda essa retórica às vezes até ingênua, mas quase sempre malandra: em lugar algum e em tempo algum do planeta, deu certo.
É tão enganosa essa doutrina, que a queixa do ex-presidente Lula da Silva interposta junto à ONU, sob a alegação de que suas garantias constitucionais estariam sendo violadas pelo Estado brasileiro, foi noticiada na última semana como tendo sido aceita pelo organismo internacional.
A narrativa do aceite da ONU dava a entender que a entidade internacional teria concordado com Lula da Silva. Logo depois veio o esclarecimento por parte do Alto-Comissariado da mesma, estabelecendo que a acolhida da queixa do ex-presidente tratou-se de mero registro burocrático, para que a Comissão de Direitos Humanos examine o caso.
Como, porém, para a facção de Lula prevalece a máxima de Goebbels, sempre haverá quem possa acreditar na versão lulista de terem sido os seus direitos violados.
Quanto aos direitos violados de milhões de brasileiros que foram empurrados para trás e para baixo nestes últimos tempos de escuridão política em nosso país, o silêncio dos “inocentes” é estrepitoso.
Armando Ferrentini é diretor-presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda