A crise da Lava-Jato começa a fazer suas primeiras vítimas – no mercado publicitário. Com a intenção de reduzir seu investimento em publicidade este ano – decisão do presidente da empresa Aldemir Bendine de cortar 30% nos gastos anuais com propaganda como parte do pacote de contingências – a Petrobras decidiu não renovar contrato com a FCB, que atendia a conta há dois anos e foi a terceira colocada na licitação cujo contrato passou a valer em janeiro de 2014. O anunciante passou a concentrar a verba com a Heads e NBS.
Fala-se de uma perda – para o mercado publicitário como um todo, em especial no Rio de Janeiro – de cerca de R$ 160 milhões em investimentos, pois haverá significativa redução de investimentos de uma maneira geral. Comenta-se que no lugar da verba de R$ 360 milhões, o valor pode baixar para menos de R$ 200 milhões, mas segundo o contrato o investimento mínimo deve ser da ordem de R$ 250 milhões (75% do valor presente em contrato). Deve haver cortes também nos investimentos da BR.
A FCB Rio atende TIM, Sony, Rio Sul, Werner, Fenacap (job) e Cyrella (job) e deve reduzir sua equipe. Em comunicado oficial, a agência confirmou que haverá “redimensionamento” do escritório do Rio de Janeiro. Especula-se, naturalmente, a respeito do fechamento da operação local, mas a agência negou a informação.