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magine ter no celular um aplicativo que mostra um mapa no estilo caça ao tesouro: nele, pontos comerciais próximos à sua atual localização são marcados com R$ 1, R$ 2 e até R$ 10, entre outros valores. Com o guia em mãos, basta seguir até o estabelecimento assinalado, onde um QR code em exposição, para ser lido por meio do próprio app, contabiliza o valor na conta do usuário sem a necessidade de realizar qualquer compra. A cada R$ 20 acumulados, é possível resgatar o dinheiro.
Agora, enquanto anunciante, imagine entrar no smartphone do consumidor com mensagens e promoções direcionadas para atraí-lo até seu ponto de venda, a um investimento muito menor que o de publicidades convencionais. Esse aplicativo já existe e, batizado de PiggyPeg, acaba de somar 50 mil usuários após pouco mais de quatro meses de seu nascimento.
Desenvolvido em formato de jogo com fases, cujo personagem principal é um porquinho que se torna mais forte no decorrer da competição, o PiggyPeg estimula a visita ao ponto de venda e dá ao usuário uma recompensa em dinheiro estipulada pelo próprio lojista. Na outra ponta, surge como ferramenta de comunicação com o consumidor no momento em que está fora de casa, levando-o até o local de compra com maior oportunidade de interação e conversão, pois permite enviar mensagens criadas a partir de uma base de dados onde a segmentação por idade e sexo, por exemplo, é possível.
Criado pelo empresário Eduardo Moreira, ex-Pactual, fundador da Plural Investimentos e diretor da Geração Futuro, o aplicativo tem como inspiração modelos de recompensa financeira como a Nota Fiscal Paulista, modelos de anúncio como o Google AdWords, adaptados para o mercado físico, e aplicativos como Foursquare, que permite anunciar promoções e benefícios aos usuários tomando como vantagem o sistema de geolocalização.
“Nossa ideia não é ser um programa de pontos, mas sim dar recompensa em dinheiro. Cada vez mais as pessoas estão aprendendo a usar o celular para integrar, e o que fazemos é justamente usar o dispositivo para levar o consumidor até o ponto de venda. Para a loja, é uma oportunidade de mandar uma mensagem segmentada no momento que o cliente está mais disposto a retribuir: depois que acabou de ganhar dinheiro”, detalha Moreira.
Atualmente, a estratégia do app está focada em São Paulo, onde mais de 200 estabelecimentos são credenciados, como Lojas Marisa, Casa&Construção, Chilli Beans e Livraria da Vila. A ideia, contudo, é ir além, levar o aplicativo a outras regiões do Brasil e, daqui a um ano, ter 2 mil lojas cadastradas. Segundo Moreira, os números atuais vão além da expectativa que havia ao lançar o app. “Fizemos pensando em ter uma taxa de conversão para as lojas de 3% a 4%, mas hoje a taxa varia de 30% a 50%”, diz.
Parcerias maiores, que envolvem a recompensação da visita do consumidor às lojas com valores maiores, também já estão em vista e incluem concessionárias e construtoras, meios para o qual a experiência no ponto de venda tem relevância ainda maior. Futuramente, o PiggyPeg ainda disponibilizará, aos lojistas cadastrados, relatórios analíticos e informações sobre os clientes.