Santanna: arriscar-se para estimular inovação e empreendedorismoAbre suas portas oficialmente em São Paulo a Pong Dynasty, agência de comunicação que integra a Flag, holding do grupo Interpublic a qual já pertencem CuboCC, Iceland 2nd Nation e Skull. A agência define seu posicionamento a partir de um novo modelo de remuneração, que depende diretamente dos resultados do cliente. À frente da operação, como ceo, está Rodrigo Santanna, fundador do estúdio de design Todos os Santos e cofundador do Grupo Slash/Slash.

Um de seus primeiros trabalhos é a campanha de cinco filmes que acaba de estrear na web para Vanish, marca da Reckitt Beckinser. Outra ações programadas para a companhia, nos próximos meses, são para as marcas AirWick, Dettol, Finish e Veet. Outro cliente é a Quem disse, Berenice, recém-lançada marca de maquiagem do Grupo Boticário. A equipe conta com 45 profissionais e deve chegar, em breve, a 60, com o anúncio de mais dois clientes.

Segundo Santanna, o modelo de negócio proposto pela agência é “win-win”, totalmente novo no mercado brasileiro. “Não é trabalhar de graça. É acreditar no potencial da equipe e arriscar-se para estimular a inovação e o empreendedorismo. A proposta é ser sócio do cliente”, explica.

Nesse modelo, a Pong Dynasty coloca a sua remuneração em risco junto com o cliente: se o projeto tiver uma performance baixa, a remuneração da agência será mínima. “Mas se os resultados ultrapassarem as expectativas, a Pong ganhará muito mais do que o padrão do mercado”, garante o executivo, que acredita que relações baseadas em custo hora/homem tendem a gerar um processo ineficiente e as que são baseadas em percentual sobre compra de mídia geram campanhas concentradas em meios caros. Já os fees fixos, tendem a gerar “esforços ordinários”.

Para Santanna, a indústria criativa não inova no formato de relacionamento com seus clientes e um modelo mais transparente representa o futuro. “Como toda inovação, o projeto tem seus riscos. Mas principalmente no ambiente online, a métrica de resultados é mais mensurável, pois não há tanta subjetividade. Queremos mesmo quebrar o formato tradicional. Temos estudado isso faz tempo”, completa.