Na Trakto Show, em Maceió, especialistas falaram sobre os caminhos para construir relações melhor estruturadas com os consumidores a partir do propósito

A construção de uma comunicação genuína, estruturada e com propósito foi um dos elementos mais reforçados ao longo do primeiro dia da Trakto Show, evento que segue até o próximo sábado (20) em Maceió, Alagoas. Com organização da startup de design Trakto, o encontro procura posicionar o estado como um hub de empreendedorismo.

Logo na abertura, a atriz e apresentadora Maria Paula trouxe a necessidade de os empreendedores buscarem um propósito maior para os seus negócios, além de dinheiro e fama. “Seja qual for a sua solução criativa que você está colocando no mercado, você precisa pensar no bem coletivo”, disse.

Para a profissional, é a partir dessa compreensão, que muitas vezes demanda um processo de autoconhecimento para criar produtos com narrativas verdadeiras e autênticas, que as ideias têm o potencial de explodirem e ganharem mercados.

Carina Oiticica, sócia da agência de marketing digital Yellow Kite, de Maceió, conta que o propósito que vai fazer cada vez mais com que as pessoas escolham determinadas marcas em um mundo onde a competição se acirra diuturnamente.

O produto por produto, como ainda se vê muito no mercado, perderá ainda mais força. As próprias importações chinesas, com custo baixo, que têm levado a uma canibalização no mercado brasileiro, são um exemplo.

“Cada vez mais, as empresas vão precisar pensar no seu propósito e em como deixá-lo aparente, trazendo para a prática. Então, no mundo real, qual é o impacto positivo que você ou a sua marca entregam para a sociedade?, questiona a executiva.

Oiticica: "No mundo real, qual é o impacto positivo que você ou a sua marca entregam para a sociedade?" (Foto:Divulgação)

Chegar ao nível esperado de maturidade demanda uma definição clara de marca, entendendo os pilares e as bases sob as quais a estratégia está estruturada, analisa Oiticica. “Acredito muito que é um processo de evolução, as marcas estão passando por esse processo e a tecnologia está aí para ajudar”.

Ela defende, contudo, que as empresas entendam a tecnologia como uma ferramenta, não como sinônimo de inovação. Compreensão que abre espaço para outras perspectivas de ações. Um exemplo citado pela especialista é de uma marca de óculos da Ásia, que doa um produto a cada compra. Ou seja, com uma solução simples, entrega o seu propósito.

Para o consultor de marketing Fernando Cruz,  os empreendedores precisam ter uma atuação com foco em três pilares, reunindo planejamento estratégico, investimento em redes sociais e o relacionamento. “A visão do empreendedor a partir do uso das plataformas digitais ou da forma que ele trabalha a sua empresa tem na comunicação um grande canal de fidelização com o cliente”, complementa.