Entre as marcas estão a Heinz, Twinings, Schweppes e a pimenta Tabasco

A morte da Rainha Elizabeth II no último dia 8, para além de toda a comoção mundial, traz  um fato curioso. Cerca de 875 marcas devem deixar de usar o brasão da coroa britânica em seus rótulos, atributo que é conquistado quando comprovam que os seus produtos são consumidos pela realeza. Entre as marcas, estão a Heinz,  Twinings, Schweppes e a pimenta Tabasco.

Para usar os símbolos reais, as empresas têm que obter "Royal Warrants", documento que agora é anulado com a morte da monarca. De acordo com a Royal Warrant Holders Association, as companhias podem usar os elementos da monarquia por até dois anos, desde que não haja mudança significativa na empresa em questão. "A Casa Real revisará as concessões de mandados após uma mudança de soberano reinante", explica.

No reinado de Elizabeth II, as armas da coroa eram representadas pelo leão da Inglaterra, o unicórnio da Escócia e um escudo dividido em quatro quartos, acompanhado pelas palavras "por compromisso para Sua Majestade, a Rainha". Com a ascensão de um novo rei, Charles III, filho da rainha Elizabeth, a monarquia britânica terá novos símbolos, que ainda devem ser definidos.

Até então, a decisão sobre dar ou não o "Royal Warrants" para a empresa era da rainha e então príncipe. Agora, a expectativa é de que, além do monarca, a rainha consorte Camilla Parker Bowles também assine os títulos às marcas. Especula-se ainda que o rei conceda também ao príncipe William a capacidade de emitir seus próprios títulos.

O Royal Warrant é concedido por até cinco anos e pode ser revisto para renovação um ano antes ao seu vencimento. De acordo com a associação, são concedidos entre 20 e 40 mandados - número semelhante é cancelado a cada ano.