Responsáveis por garantir grande parte do entretenimento das pessoas, isoladas por conta da pandemia, as redes sociais ganharam ainda mais importância ao longo de 2020. E se tem um aplicativo de interação que não passou batido, foi o Tik Tok. Com os challenges que foram aderidos por públicos de todas as idades, anônimos e famosos, o app foi tão utilizado e comentado que deu até para surgirem os novos influenciadores digitais exclusivos da plataforma. Ninguém saiu de 2020 sem ao menos ouvir falar sobre ou assistir um famoso em alguma brincadeira proposta por lá.
Diante da representatividade que o Tik Tok alcançou, o movimento natural é de que as marcas agora procurem seu espaço dentro do app, seja por meio de parcerias com os influencers ou criando suas próprias campanhas e perfis. Mas, a grande sacada, e que se torna também o grande desafio, é ser capaz de desvendar como de fato acontece a interação, a influência e a conversão dentro da rede social. Se no Instagram e Facebook isso já está disseminado, o caminho no Tik Tok ainda é longo.
Primeiro ponto de atenção é: entender que o mundo digital foge do tradicional e precisa ser natural. Fugir do comum aqui tem muito a ver com a conexão marca e consumidor. Não cabe no Tik Tok uma campanha que fale de maneira generalizada, quanto mais direcionada for, mais resultado terá. Precisa ser natural também porque é insustentável uma marca partir para o “Compre Batom” atualmente.
Indo um pouco mais a fundo no potencial do app, acredito que os influenciadores digitais são a chave. Chegamos ao ponto de maturidade comercial deles e não acredito que seja possível mais realizar um trabalho digital, especialmente nas redes sociais, sem contar com essas pessoas na estratégia. Você não parou de ouvir falar sobre o Tik Tok e eles são os responsáveis. O mérito aqui é real e precisa ser considerado de forma inteligente. Na equação engajar, conectar e converter, nos dois primeiros os influencers são os experts.
Diferente das outras mídias sociais, essa em especial, pelo menos por enquanto, precisa ser enxergada como uma ferramenta para aproximação e identificação entre marca e consumidor. Aquele velho conhecido Top of Mind, é o gancho aqui. Apareça e seja lembrado. E, falando em relacionamento direto entre quem compra e quem vende, as marcas precisam entender de uma vez por todas: na internet a concorrência é amiga em uma causa, o influenciador faz uma zoeira com seu produto, seu passado pode aparecer e é preciso lidar com tudo isso. Esses ingredientes fazem parte dessa nova forma de trabalhar e se você não se sente preparado, melhor repensar.
Em 2021, o app ainda será a bola da vez. Por isso, entenda o timing, quem comanda o jogo, quem fala com seu público, os memes e entre de mente aberta. Se puder, conte com especialistas e com os próprios usuários da rede social na sua equipe, isso fará muita diferença. Essa ferramenta é o que melhor representa os dias atuais, dinamismo e naturalidade, então entre na onda e enjoy it!
Alexandre Marquesi, Head de estratégia da Driven.cx, maior grupo consultivo independente para corporações de grande porte e projetos de transformação digital autorais na nova economia, e coordenador do curso de pós graduação em e-commerce da ESPM