Divulgação/Plural

Foi lançado esta semana o Plural, um jornal curitibano com cobertura concentrada incialmente em política, cidades e cultura. Integralmente online, o site foi fundado por um grupo de jornalistas e comunicadores de Curitiba e, antes mesmo da estreia, já contava com 700 assinantes por meio do Catarse.

O projeto iniciou em novembro, quando o blog Caixa Zero, criado pelo jornalista Rogerio Galindo, deixou de ser publicado pela Gazeta do Povo. Em parceria com a jornalista Rosiane Correia, Galindo pretendia reativar o Caixa Zero em formato independente. A partir de uma parceria entre eles e os comunicadores Mauricio Ramos e Virgínia Moraes, da Social Ideias, e o cartunista Benett, o projeto cresceu e se transformou em um jornal. Hoje, os cinco respondem pelo Plural.

Para viabilizar o portal, eles deram início a uma campanha de assinaturas no Catarse com valor variável iniciando em R$ 5, mas teve quem decidisse assinar por R$ 200. Rapidamente o projeto se transformou no segundo colocado em assinaturas recorrentes do site em todo o Brasil.

“Foi nossa primeira receita e foi bem importante. Agora estamos começando a vender anúncios, temos outras ideias de captação de recursos. Somos pequenos, mas estamos crescendo numa velocidade bem boa. As assinaturas do Catarse já atingiram a nossa quarta meta. Se conseguíssemos R$ 5 mil, prometíamos colocar o blog no ar. Com R$ 7 mil, entravam colunistas etc. Já passamos a meta quatro, de R$ 12 mil”, explica Virgínia.

O grupo tem planos para médio prazo e pretende chegar em breve em cinco mil assinantes, além de captar outras formas de financiamento. “Anúncios e patrocínios são um começo. Mas vai vir novidade por aí”, comenta sem dar detalhes.

Neste primeiro momento, o site está aberto. Com o tempo, será necessário ser assinante para ter acesso a todo o conteúdo, embora algumas áreas permanecerão livres de paywall. Em breve, o Plural também contará com um aplicativo.

Essa corrente independente vem se fortalecendo no mercado jornalístico. Exemplo disso é o Canal Meio, encabeçado pelo experiente Pedro Dória. Em formato digital, as notícias chegam aos leitores por meio de uma newsletter e também ficam armazenadas no site. Da mesma forma que o Plural, o Meio também sobrevive de assinaturas e quem indicar o conteúdo para dez novos leitores tem acesso a um sistema de curadoria digital.  

Outro exemplo é o Nexo, lançado em novembro de 2015, é  financiado com recursos próprios. Sem publicidade no site, o jornal dá acesso a cinco conteúdos livres por mês. Sua principal fonte de receitas são as assinaturas. Já o The Intercept se dedica ao jornalismo investigativo além de temas ligados ao cinema, arte, cultura, mídia e entretenimento. O site não tem paywall, mas oferece planos de financiamento mensal.