A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras e da SPObras, concluiu a licitação para contratação das empresas que vão administrar o mobiliário urbano da cidade pelos próximos 25 anos. O responsável por instalar e cuidar dos abrigos e pontos de ônibus da capital será o consórcio Pra SP, formado pelas empresas Odebrecht Transport, Kalítera Engenharia, Rádio e Televisão Bandeirantes (MG) e APMR Investimentos e Participações. Em troca, o grupo poderá explorar toda a publicidade nas paradas.
Ao todo serão 6,5 mil novos abrigos e mais de 12,5 mil totens indicativos de parada, com piso tátil, bancos, iluminação e informações em braile e sobre o tempo de espera dos ônibus. O Pra SP apresentou uma outorga de R$ 167 milhões, pela exploração dos abrigos, durante o prazo contratual de 25 anos, sendo que, desse valor, R$ 40 milhões serão pagos em até 90 dias à Prefeitura. O consórcio investirá, ainda, mais de R$ 300 milhões na instalação do novo mobiliário.
Os modelos dos abrigos foram projetados pelo designer Guto Índio da Costa. São quatro modelos que podem ser adaptados às características de cada região da cidade. Um dos pontos terá um painel touch screen, com o qual os passageiros poderão interagir enquanto esperam. A localização dos abrigos e totens indicativos de parada dos ônibus será determinada pela Secretaria Municipal de Transportes. O principal critério para definir a localização e cronograma de instalação dos abrigos é a necessidade do usuário — por isso a prioridade será o centro expandido, onde os equipamentos estão mais deteriorados, representando riscos para a população. Após a assinatura dos contratos, o consórcio assumirá, em 30 dias, os serviços de manutenção dos abrigos existentes, até que sejam completamente substituídos.
A exploração da publicidade nos abrigos e relógios (a publicidade nos totens é proibida) foi autorizada por meio da Lei Nº 15.465, de 2011, como segunda etapa da Lei Cidade Limpa, que eliminou a poluição visual da cidade de São Paulo em 2007. Em contrapartida, toda a manutenção dos abrigos existentes, dos abrigos que serão instalados e dos novos relógios será de responsabilidade dos consórcios vencedores das licitações, sem ônus para a administração municipal.
Relógios de rua
O consórcio A Hora de São Paulo, composto pelas empresas JCDecaux Ameriques, JCDecaux do Brasil e Publicrono, foi o escolhido na concorrência para a concessão dos relógios de rua em São Paulo. No total, serão instalados mil aparelhos na cidade. A primeira fase a sair do papel será a manutenção e a reforma dos equipamentos já existentes. Já os novos relógios e abrigos deverão ser totalmente instalados na cidade até o fim de 2018.
A instalação deverá acontecer pouco a pouco, a partir do começo do ano que vem, já que há a exigência de que no mínimo 16% dos equipamentos sejam substituídos a cada ano. Os relógios digitais ganharam designs dos arquitetos Ruy Ohtake e Carlos Bratke. Serão instalados, no máximo, 100 relógios na área central e, no mínimo, 150 em cada uma das regiões da cidade (zonas norte, leste, oeste e sul).
Para a exploração dos relógios digitais, o consórcio ofertou o valor de R$ 68 milhões de outorga, sendo que R$ 40 milhões também serão pagos em até 90 dias. Estão previstos investimentos de mais de R$ 240 milhões na instalação dos novos relógios.