O patrocínio do Carnaval de rua de São Paulo ainda segue sem definição. A concorrência, que deveria ter acontecido na manhã desta terça-feira (22), não recebeu nenhuma proposta. No ano passado, a Dream Factory operou a festa em conjunto com a Ambev (Skol).
Por meio de nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que diante da ausência de interessados, o certame foi declarado deserto. “Todo o processo licitatório seguiu as determinações da Lei nº 8.666/93 – que institui normas para licitações e contratos da administração pública. Após o encerramento desta sessão, os próximos passos para a captação do patrocínio serão definidos em conformidade com a legislação.”
Caso ainda haja licitação, a empresa vencedora terá que investir pelo menos R$ 19 milhões, valor 26,6% maior que os R$ 15 milhões definidos no edital de 2018. O texto prevê, ainda, que a empresa vencedora poderá se associar a até outras quatro e ganhará o direito de expor a própria marca nos trios elétricos, pórticos, banheiros químicos e nas camisas dos foliões.
Em 2019, foram cadastrados 570 blocos, 111 a mais que no ano anterior. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, em 2018, a capital recebeu 12.35 milhões de pessoas.
O edital passou por ajustes nas últimas semanas e a empresa vencedora, terá que apresentar à Prefeitura uma planilha de custos, um plano de atenção médica e itens como equipes de atendimento médico, ambulâncias, bombeiros civis, geradores e apoio de fiscalização.
O vencedor do pregão também arcará com outras medidas estruturais para a realização da festa. O edital inclui lanches para as equipes da organização, locação de cavaletes e cones para organização do trânsito, banheiros químicos, carros de apoio, comunicação visual, sistemas de som e iluminação, além de camisetas para equipe de apoio e produtores.
De acordo com o edital, o patrocinador não poderá realizar ativação de marca como montanha russa, chuveirinho de glitter e roda gigante, conforme promovido nos últimos anos.
Mudanças no formato
Este ano, os blocos não poderão ultrapassar o limite das 20h e a Avenida 23 de maio não vai ser palco de folia como em 2018, devido à reclamação de moradores e de quem teve dificuldade de acessar os hospitais da região. Avenida Tiradentes, Avenida Marquês de São Vicente e Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini serão usadas como alternativa.
Outra novidade é que não haverá mais os palcos espalhados pela cidade. No entanto, a prefeitura diz que blocos com até quatro mil foliões e os mais novos – até três anos de existência – poderão contar com carro de som e ambulância.
As regiões com maior número de blocos são Sé, Vila Mariana, Pinheiros e Lapa. Mas, a novidade no evento está na descentralização dos blocos, com a determinação de 320 trajetos. Em 2019, não serão autorizados desfiles com uso de trios elétricos em áreas estritamente residenciais.
Todos os desfiles estão sendo aprovados por comissões locais, coordenadas pelo subprefeito e por um técnico da CET, compostas pelos respectivos órgãos públicos envolvidos, observando a legislação pertinente.
Os blocos de São Paulo devem sair às ruas nos dias 23 e 24 de fevereiro (pré-carnaval); 2 a 5 de março (carnaval) e de 9 e 10 de março (pós-Carnaval).