As estratégias das marcas nas plataformas digitais estão sendo determinantes para se destacar perante a concorrência. Isso é o mostra a pesquisa “Presença Digital e Lucratividade”, elaborada pelo ESPM Media Lab, laboratório de pesquisas da ESPM.
Segundo os resultados apresentados pelo pesquisador associado Claudio Oliveira, com base em dados do MIT, dos Estados Unidos, as empresas que já têm uma maior maturidade em relação ao trabalho realizado no digital conseguem alcançar um lucro 26% maior em comparação a companhias que ainda não sabem se posicionar na internet.
“As empresas que não enxergam oportunidades no digital perdem lucratividade”, afirmou Oliveira.
Além dos dados do MIT, o ESPM Media Lab analisou 560 empresas brasileiras de diferentes setores e constatou o mesmo movimento. Foram apresentados os resultados de quatro indústrias: montadoras, bancos, telecom e eletroeletrônicos
No setor das montadoras, a relação é considerada moderada, mas nas demais foi constatada uma relação significativa.
As conclusões foram obtidas a partir do cruzamento de informações em variáveis como tempo de permanência nos sites, números de visitas, números de buscas no Google e interações nas redes sociais. Os dados foram correlacionados com resultados financeiros como lucro, faturamento e rentabilidade.
Pesquisas programáticas
O professor da FGV e pesquisador associado do ESPM Media Lab Marcelo Coutinho também apresentou uma pesquisa sobre o potencial da mídia programática para elaborar pesquisas sobre o comportamento do internauta. “Esqueça amostragem demográfica. Hoje o mercado está interessado em amostragem de comportamento”, disse.
O especialista afirmou que a tecnologia programática pode ser uma ferramenta viável e barata para pesquisas rápidas. Para Coutinho, a captação de dados dos consumidores na internet pode ser mais próxima do real do que por meio de entrevistas realizadas por institutos de pesquisas, principalmente em relação ao comportamento de consumo dos negócios mais segmentados.
O evento da ESPM ainda contou com a divulgação de outros estudos, como o “Mapeamento do Comportamento Infantil no YouTube: crianças de 2 a 12 anos no Brasil”, que discutiu os hábitos das novas gerações e as restrições ao fazer propaganda para crianças.