Caito, Godoi, Civita e Gauss (em pé): experiência com projetos fora da propaganda vem desde 1996Some grandes anunciantes como Skol, Fiat, Chevrolet, Postos Ipiranga e Mondelez, a conteúdos como o longa “Estação Liberdade” e a série “Passionais”, e aí está apenas uma pequena amostra do que a Prodigo Films tem feito recentemente no mercado. Skol, por exemplo, tem atuado com a empresa nos últimos quatro anos.

Produtora dos sócios Francesco Civita, Caito Ortiz, André Godoi e Beto Gauss, com cerca de 18 anos de mercado, a empresa “atingiu sua maturidade”, como diz o próprio Civita. “Hoje o mercado fala em produção de conteúdo. Quando a onda veio, já estávamos preparados. Fazemos conteúdo desde 1996, quando fizemos um documentário sobre o Rickson Gracie”, lembra Civita, na sociedade desde 2001, sobre a produção com o maior lutador de jiu-jitsu do mundo de todos os tempos.

Segundo o executivo, porém, a busca incessante por conteúdo ainda não atingiu marcas da forma correta. “Não existem ainda, de forma consistente, projetos de conteúdos para marcas, nem marcas que estão inseridas de forma legal em produções de conteúdos”, diz. “Porém, é algo que deve mudar nos próximos anos. Até porque conteúdo demanda um planejamento a longo prazo. Não é um comercial, feito de uma hora para outra”, completa.

Civita diz que no ano passado a Prodigo produziu 39 episódios de séries apenas para a Globosat – “É muita coisa”, diz. – e que este ano foi de “plantio”, para voltar a intensificar na área em 2015, em que já existem projetos para emissoras como a TV Globo, cujo roteiro está sendo idealizado.

O executivo também ressaltou a importância da Lei da TV Paga, pois isso deu um start em muitas empresas, tanto produtoras, como veículos e anunciantes. “A partir do momento em que todos se viram obrigados a produzir conteúdos 100% nacionais, acabaram vendo que é uma coisa bem legal. Agora querem fazer, não porque são obrigados, mas justamente porque é legal. Sai da obrigação, vira um negócio.”

Porém alerta que o mercado só será de fato interessante quando for sustentável por si só. “Fora que, óbvio, a publicidade tradicional sempre irá existir. Mas o jovem, por exemplo, não está mais reunido ao mesmo tempo em frente à TV aberta. E se uma marca quer falar com o jovem e não pensar em outros projetos, não vai conseguir ter sucesso”, afirma Civita.

Outro ponto observado pelo executivo é que muitos anunciantes querem economizar onde não deve. “De nada adianta tirar da produção e investir tudo em mídia. Porque se o filme for ruim, pobre, ele não será repercutido. Comercial bom, viraliza, mas custa caro. Grande ideia exige grande produção”, conclui.