No momento em que o mercado da comunicação discute como as empresas de mídia devem enfrentar a crise e também as mudanças promovidas pelos avanços tecnológicos, o jornalista Eugênio Bucci, em parceria com o Instituto Cultural ESPM, lançou o livro “Uma escola de jornalismo para o futuro – um legado de Roberto Civita para melhorar a imprensa no Brasil”.
A publicação, que será lançada nesta segunda-feira (26), na ESPM, apresenta 15 ensaios escritos pelos professores do curso de pós-graduação em direção editorial promovido pelo Instituto de Altos Estudos em Jornalismo e pela ESPM, de 2011 a 2013. Entre os autores estão nomes como Alberto Dines, Ana Estela de Sousa Pinto, Caio Túlio Costa, Carlos Eduardo Lins da Silva, Edson Crescitelli, Gilberto Cavicchioli, João Sayad, Jorge Tarquini, Judith Brito, Júlio César Bastos de Figueiredo, Luís Francisco Carvalho Filho, Renato Janine Ribeiro, Ricardo Gandour, Roberto Camanho, Roberto Civita e Thomaz Souto Corrêa. A edição fica por conta de Marcos Emílio Gomes.
Voltado para dirigentes editoriais, estudantes de comunicação e profissionais de imprensa, o livro é um resumo do curso de direção editorial. Cada ensaio apresenta, de forma condensada, o conteúdo das disciplinas da pós-graduação da ESPM escrito pelos próprios professores das matérias. Além disso, também é uma homenagem ao legado deixado por Roberto Civita, que presidiu o Grupo Abril até sua morte, em 2013. Junto com Eugênio Bucci, Civita foi o responsável pela formação do curso e atuou diretamente como um dos professores. “Ele acreditava que a formação do jornalista é o melhor jeito de melhorar a imprensa no Brasil”, comenta Bucci.
Ao estudar as 327 páginas do livro, os leitores recebem informações preciosas emprestadas por grandes especialistas do jornalismo, como o próprio Roberto Civita, que deixa ensinamentos sobre a administração de negócios editoriais. Outros artigos abordam temas como a ética da profissão, justiça e liberdade de imprensa, informação e comunicação na era digital, gestão de processos na mídia e indicadores de qualidade editorial, além do marketing e gestão estratégica em empresas de mídia.
Já no posfácio, assinado por Bucci, o texto faz uma crítica sobre a formação do jornalista para enfrentar as mudanças do mercado sem perder características consideradas fundamentais para a boa prática da profissão. “Além de brilho e maestria com a linguagem, como se fosse um artista da palavra, o jornalista se pauta igualmente pela correção, pela honestidade e pelo senso de justiça. Sem isso, o relato, ainda que encantador, não será confiável. Jornalismo é sinônimo de independência, não custa repetir”, escreve o jornalista.