Em um cenário cada vez mais ágil e digital, lideranças do setor refletem sobre os desafios do profissional de marketing, celebrado nesta quinta (8)
Nesta quinta-feira (8), é celebrado o Dia do Profissional de Marketing. Em um cenário cada vez mais digital e ágil, esses profissionais enfrentam o desafio de manter a conexão e interesse do público enquanto respondem às pressões por resultados, inovação e eficiência. Por essas e outras demandas, nos últimos anos, o conceito de marketing humanizado ganhou espaço, reforçando a importância de abordagens centradas em pessoas, não apenas em métricas, assim como propõe o modelo H2H (human-to-human), defendido por Philip Kotler. A relação com o consumidor é o centro da estratégia.
De acordo com a Kantar, para este ano, as empresas se beneficiarão do poder das comunidades de criadores de diversos assuntos, pois esse grupo tem poder para predispor mais pessoas a uma marca. Além disso, o levantamento concluiu que os brasileiros esperam que os anunciantes sejam mais responsáveis socialmente, afinal 76% dos consultados concordam que empresas têm um papel fundamental em demandas sociais.
Para entender como esse conceito tem sido aplicado na prática, a reportagem consultou lideranças de marketing de empresas como Unilever, Chilli Beans, Diageo, Whirlpool e Haleon, que mostram o papel fundamental de uma boa campanha. Afinal, como uma marca consegue se manter presente na rotina dos consumidores de forma relevante e afetiva?
Para Bruna Lettiere, diretora de marketing de Hair Care da Unilever Brasil, hoje, é necessário dominar ferramentas de análise, ter repertório cultural e desenvolver escuta ativa. Na avaliação da executiva, o impacto real só acontece quando dados são combinados com entendimento profundo do comportamento e das referências culturais do público.

“A habilidade de traduzir dados em decisões estratégicas é essencial, mas isso só gera impacto real quando vem acompanhado de uma compreensão profunda das pessoas, de suas dores, aspirações e referências culturais. A qualidade dos produtos sempre será um diferencial, mas o que faz a diferença é a história que eles contam. As marcas precisam ser social e culturalmente relevantes para que possam, de fato, fazer parte da vida dos consumidores”, explica.
Cases
Recentemente, a Seda apostou em conversas diretas com o público ao expandir a linha Seda Boom. A marca de produtos capilares reuniu um time de artistas e influenciadoras crespas e cacheadas. Em uma série de conteúdos, embaixadoras como Tasha e Tracie e Sheron Menezes compartilharam suas histórias com seus cabelos.
Ainda na estratégia de conversar com o público, a campanha ‘Seda Luminous UV’ trouxe a influenciadora Bianca Andrade na capa da Capricho, marcando o retorno da revista às bancas. “Estar presente na rotina é mais do que estar na prateleira — é estar na memória afetiva, no espelho do banheiro, nas conversas entre amigas e nas redes sociais. Fazemos isso por meio de conteúdo relevante, escuta constante, cocriação com a comunidade e inovação que respeita às necessidades reais dos nossos públicos”, conta Bruna.
Leia a matéria na íntegra na edição do propmark de 5 de maio de 2025
(Crédito: Foto de Lukas Blazek na Unsplash)