Profissionais de mídia de 130 agências de todo o país passaram esta segunda (25) refletindo a atual conjuntura. A expansão crescente de de meios e pltaformas, além das transformações sociais e econômicas, trouxe demandas e desafios a esses profissionais, outrora “acomodados” em uma realidade que não impulsionava novas ambições.

“Hoje as coisas estão mais difíceis, mais desafiadoras. O filme de 30 segundos não é mais suficiente como era antes. Hoje temos 15 mil veículos; os consumidores mudaram; temos menos tempo para falar com eles; e existem muitas marcas.”, disse Paulo Gregoraci, vice-chairman e coo da W/McCann, abrindo a rodada de palestras do 1º Encontro de Mídias. Claudio Venancio, renomado profissional de mídia, com passagens pela Lintas, Ogily&Mather, Denison e Fischer America,  e organizador do evento, lembrou na abertura da edição que 80% do PIB nacional passa pela mãos dos mídias. “É preciso dar um salto”, disse ao relembrar o caminho iniciado nos anos 70. Os profissionais precisam se preparar, segundo ele, para chegar mais longe que os de sua geração.

O ponto principal entre as palestras é a necessidade de colocar as pessoas (consumidores) no centro da estratégia, ao invés das marcas. “Temos que ter uma visão estratégica e criativa”, acrescentou Gregoraci. Para ele, isso provem da união de ciência (técnica da mídia) com a arte (o fator humano), onde o caminho para os resultados viriam do entendimento do mercado em que o cliente opera, análise demográfica e, o terceiro, redefinição do insight do consumidor. “Não é só de números que vive o profissional de mídia”, afirmou em alusão às diversas pesquisas existentes no mercado.

Paulo Stephan, diretor geral de mídia da Talent, também se apoiou no lado mais humano. “O fundamental é olhar pelo lado das pessoas”. Para ele, é preciso pensá-las
sob a ótica de pessoas, e não de consumidores; e, além dos índices tradicionais, novos devem ser inseridos. Entre eles, o de surpreender, brilho nos olhos, intensidade de sorrisos e sensações boas. Para tornar palpáveis as expressões, apresentou cases da agência para o Santander,Dafra e Mizuno. “Quanto menos convencional, mais divertido”. A realidade dos profissionais, segundo Stephan, é tornar as relações das pessoas com as marcas “muito mais profundas”.