A liderança do marketing de hoje precisa estar aberta a tudo e ligada em tudo. Ele ou ela não ficam sentados buscando apenas novas estratégias de comunicação ou aprovando – ou não – campanhas para a próxima temporada. Tem de olhar para todas as frentes do negócio da empresa para a qual presta os seus serviços.
No caso das grandes empresas de tecnologia, cujo produto, muitas vezes, não é algo palpável, o trabalho é bem mais intenso. É o caso do Google que não descuida do marketing, da sua imagem e do valor da sua marca.
Tudo isso reunido resulta em um apanhado de ações, que passa pela ajuda às pessoas e por fornecer informação adequada e correta para outras empresas. “É uma responsabilidade muito grande”, afirma Suzana Ayarza, diretora de marketing do Google Brasil, que está há mais de 12 anos na companhia. Portanto, fala com propriedade sobre as oportunidades na área tech que oferece o buscador às companhias, mesmo em tempos bicudos como estes em que a sociedade vive.
Ela comenta que o mundo está mudando rapidamente e é necessário que as empresas estejam conectadas a um consumidor que vive em constante “movimento”. “É fundamental que as marcas entendam isso”. Suzana alerta ainda sobre assuntos muito em moda ultimamente: diversidade e inclusão. Ambos pontos têm muito a ver com o marketing, pois “são valores cada vez mais forte para os consumidores”.
E o trabalho de inclusão e respeito à diversidade começa dentro de casa. O Google tem fortes projetos nesse sentido. “Se não tivermos programas de inclusão dentro da empresa, não conseguiremos ajudar as outras empresas”, diz. O Google tem planos para incluir a mulher, principalmente a negra, em cargos de lideranças, e promete batalhar pela igualdade entre homens e mulheres.
Segundo ela, o Google tem um programa de treinamento muito robusto para atender a mulheres negras, mais velhas e trans. “Trabalhamos isso fortemente dentro da empresa”. Ela comenta ainda que 2021 não será um ano fácil, a exemplo do que foi 2020, mas o Google se coloca na linha de frente para ajudar as empresas a aproveitarem as oportunidades, principalmente para ingressarem no mundo digital, “com dicas específicas”. “O momento é difícil, mas também cheio de oportunidades”, lembra.
Ela comentou recentemente em artigo, publicado este mês, sobre momentos importantes e desafiadores vividos na carreira. Suzana afirma que ficou muito honrada e feliz quando foi chamada para integrar o Women@Google como Executive Sponsor na América Latina.
“Foi um momento de alegria estar em uma posição de liderança no comitê de mulheres que oferece networking, aconselhamento, desenvolvimento profissional e comunitário em 52 países. Mas, mesmo orgulhosa, eu sabia que tinha um desafio: levar os princípios de igualdade, equidade e inclusão para além do plano das ideias”.
Para a pergunta como ir além do discurso, ela responde que os números ajudam a mostrar como a diversidade pode ser um fator de eficiência para os negócios e causar um impacto positivo na sociedade. “As empresas em que mulheres ocupam pelo menos 30% dos cargos de liderança são 1,4 vez mais propensas a ter um crescimento contínuo e lucrativo”, revela.
“No Google”, acrescenta ela no artigo, “acreditamos e incentivamos a formação de equipes diversas. Só assim podemos criar produtos e serviços que atendam verdadeiramente às necessidades das pessoas — gerando um crescimento sustentável na empresa e também colocando mais um tijolo na construção da mudança comportamental da sociedade”.
Para ela, neste momento, depois de um ano tão complexo, dinâmico e incerto, é ainda mais urgente apostar em equidade nos times. “Seja para pensar na sobrevivência dos negócios, seja para criar bases mais sólidas para que as mulheres, em momentos de crise, não estejam em uma posição de maior vulnerabilidade se comparadas aos homens”.