Rafinha Bastos é a grande aposta da RedeTV! para substituir o programa “Pânico na TV”, recém-adquirido pela Band. O humorista, fora da televisão desde seu afastamento do programa “CQC”, fará parte da versão brasileira da atração norte-americana “Saturday Night Live”, assumindo as funções de ator e produtor executivo. “Não tinha pretensão alguma de voltar à TV aberta, principalmente pela falta de liberdade, mas a proposta de assumir um programa desse porte foi irrecusável”, afirma Bastos, que também faz parte da equipe do canal FX, da Fox, onde protagonizará uma série de ficção. A atração, licenciada pela Endemol e sem data de estreia definida, deve seguir os moldes do programa original.

Segundo Amilcare Dallevo, presidente da RedeTV!, a novidade reforça a solidez da empresa e desmente os boatos de que a saída do humorístico “Pânico” havia provocado queda no faturamento da emissora. “Saíram muitas inverdades na mídia em relação a esse episódio. Alguns veículos chegaram a afirmar que a atração correspondia a 40% do faturamento, quando, na verdade, obtinha apenas 12%”, destaca. “Não estava mais valendo a pena mantê-los aqui. Além de ser o programa com custo de produção mais alto da casa (cerca de vinte vezes maior que o dos demais), estávamos perdendo audiência e grandes anunciantes, que começaram a se incomodar com a baixa qualidade da atração e não queriam mais vincular sua marca àquilo. Antes o programa era ‘cool’, descolado, mas depois virou uma atração de muito mau gosto”, acrescentou Marcelo Carvalho, sócio de Dallevo.

As justificativas para uma momentânea baixa no faturamento foram a perda dos direitos de transmissão da série B do Campeonato Brasileiro e do UFC, um dos grandes sucessos da emissora. “Isso gerou uma queda importante no faturamento, agravada pela crise geral do mercado. Não tem nada a ver com a grade de programação. Em janeiro e fevereiro nós já nos recuperamos e crescemos 25% em relação a 2011”, explica Carvalho. “Ainda vamos sentir os reflexos da crise por um tempo, com demissões, fechamento de unidades não produtivas e redução custos, mas, ao mesmo tempo, temos grandes planos para 2012, incluindo a abertura de negócios rentáveis e contratações como a de Rafinha. Estamos colocando a casa em ordem”, disse.